Em Santo Antônio, o complexo dá lugar a barracas de sapé
Rodrigo Savazoni/AE
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Ao invés de um grande complexo hoteleiro, pequenas barracas de sapé
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Ao chegar a praia, o turista hospedado no Costa do Sauípe irá se deparar com trechos de Mata Atlântica, Mata de Cocais, areia fina, recifes e mar aberto. Um cenário sedutor. No entanto, devido ao mar aberto e à variação das marés não será possível banhar-se no oceano durante o dia todo, mas somente na parte da manhã e no início da tarde. O mesmo serve para as outras praias da região: Imbassaí e Praia do Forte. Caminhar pela praia vale a pena. Em poucos minutos, o cenário vai se transformando e o que antes era Sauípe passa a ser Santo Antônio. A fronteira não existe, mas é facilmente perceptível. Ao invés de um grande complexo hoteleiro, pequenas barracas de sapé. No lugar dos turistas, os moradores da região. É em Santo Antônio que provavelmente ocorrerá o primeiro contato entre hóspedes e nativos, um contato que tem tudo para ser fortuito e agradável. O visitante que conseguir deixar o conforto do Sauípe poderá passear de jangada com os pescadores, comer um típico pitu (camarão de água doce) pescado no rio que desemboca na praia e conhecer melhor os habitantes dos povoados de Diogo e Santo Antônio. Ressalta o professor Silvestre, diretor do Instituto de Hospitalidade (IH) responsável pelo projeto da Costa do Sauípe: "não queremos que a população nativa seja apenas objeto de curiosidade dos turistas. Eles não têm vocação para o pitoresco". "Temos é que saber unir muito bem o tradicional e o moderno, para que todos saiam ganhando", completa. Santo Antônio é uma praia muito pouco freqüentada. De complicado acesso - 30 minuto caminhando por dunas a partir do vilarejo de Diogo ou 15 minutos pela praia de Sauípe - são poucos os turistas que a ela se dirigem para passar seus dias de férias. E mesmo os habitantes nativos não estão presentes o tempo todo. "Só nos dias que o mar dá peixe", informa um pescador. Leia mais: » A Bahia ganha um novo destino » Projeto reúne gigantes da hotelaria mundial » Pousadas temáticas fazem o charme do local » O mundo parou para as comunidades nativas da região » Diversão na Costa dos Coqueiros » Ecoturismo é opção para explorar a região » Região é santuário de tartarugas » Saiba como chegar lá e onde ficar
Agência Estado
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