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Um passeio pela cidade das flores
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Marcela Mourão
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Portland encanta com suas belezas naturais
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Ruas limpas, pessoas educadas, transporte público perfeito. Assim é Portland, cidade localizada no Oregon, na costa oeste dos Estados Unidos, entre os estados da Califórnia e Washington, conhecida popularmente como a "cidade das rosas". Mesmo na primavera, o frio em Portland é cortante: a sensação térmica fica abaixo de 0ºC.Já na chegada, no aeroporto internacional, nota-se uma incrível diferença do Brasil e um forte sinal do desenvolvimento: pessoas com tranqüilamente mais de 60 anos trabalhando. No setor de informações para turista eram dois senhores, um mais simpático que o outro. A cena se repetiu durante vários dias. São motoristas de ônibus, táxistas, funcionários de hotéis, vendedores, tratadores de animais do zoológico, etc. E não são só os idosos, os negros também estão muito bem empregados. Outra cena curiosa foi o embarque no metrô do aeroporto para o centro da cidade. Você compra um ticket em uma máquina automática e entra no trem, mas em nenhum momento alguém confere se você realmente pagou. Um espertinho poderia entrar de graça, mas a confiança e a honestidade são tantas que isso não acontece. Ainda sobre o transporte público, a maioria dos trajetos, no centro, é gratuita. Os que não são, o passageiro tem a vantagem de pagar a passagem na ida e ganhar um prazo de quatro horas, no qual pode voltar sem pagar. Esse sistema existe, provavelmente, em função do pagamento de taxas e impostos. Mas o resultado dessa cobrança, ao contrário do Brasil, se percebe na prática, no dia-a-dia. Talvez por isso não haja congestionamento. Os carros ficam em casa e a ida e volta do trabalho ocorrem de ônibus e/ou metrô. A ausência daquele ruído de trânsito estressante é uma das melhores coisas de lá. A poluição também é quase imperceptível. No metrô, uma gravação anuncia a chegada a uma parada e o próximo destino, tanto em inglês, quanto em espanhol. Nos ônibus, os motoristas têm microfones para avisar sobre os pontos. Alguns conversam com os passageiros e usam do bom humor. "Hey, here come the kids" (Aí vêm as crianças), disse Roy, um motorista de cerca de 60 anos, avisando que uma porção de adolescentes iria embarcar ao sair do colégio. Ao passar pela ponte que separa um lado do outro da cidade ele fala "what a view" (que vista), referindo-se ao rio Willamatte River. Até parece um ônibus turístico. As ruas de Portland são extremamente limpas. Todas têm uma área para deficientes físicos atravessar. São floridas, arborizadas e bem sinalizadas. O pedestre é respeitado, mesmo se o sinal estiver aberto para os veículos. Há pedintes, mas são raros. Animais de ruas não existem. Entre uma quadra e outra, há praças e nelas não é difícil ver esquilos entre as pombas procurando alimento. Alguns chegam bem perto e aceitam um pedaço de pão, outros mais assustados se escondem em seus buracos dentro das árvores. Outra característica da cidade é a simpatia com que o turista é tratado. Você não precisa estar com cara de perdido para ser abordado por um pedestre (mulher, homem, idoso, estudante - cada um dentro da sua rotina) oferecendo ajuda. Os tipos mais estranhos convivem harmoniozamente com os mais óbvios. Segurança
Apesar de Portland não ser considerada um alvo em potencial de atentados terroristas contra os Estados Unidos (ao contrário de Nova York, Chicago, Washington, São Francisco e Los Angeles), as medidas de segurança são tão rigorosas quanto no resto do país. É aconselhável andar sempre com um documento válido, na maioria dos casos, o passaporte. Locais considerados "alvos" possuem barreiras, cujos seguranças exigem identidade com foto de todo mundo. Mas cuidado: passaporte brasileiro é muito visado para roubo no exterior. De preferência guarde ele em um bolso seguro no casaco, por exemplo, e evite deixá-lo dentro de bolsas.
Marcela Mourão/Terra
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