Considerada um mito erótico no início dos anos 90 em seu país, a cantora mexicana Gloria Trevi foi presa em janeiro de 2000 no Rio de Janeiro, com seu empresário e sua corista, acusada de rapto e corrupção de menores. Eles teriam "seduzido" jovens com uma futura carreira artística para abusá-los. Durante o período em que ficou detida no País, Gloria Trevi apelou diversas vezes para não ser extradita e, em 2001, engravidou na prisão. A cantora disse às autoridades ter sido violentada por um carcereiro, mas exames de DNA comprovaram que o pai era seu empresário, Sérgio Andrade, que a visitou algumas vezes na cela.
A extradição da mexicana foi aprovada pela Suprema Corte em dezembro de 2000, mas ela não voltou a seu país devido aos vários recursos que impetrou no STF e no Ministério da Justiça. No final de 2002, porém, seus advogados anunciaram a desistência em recorrer e pediram que sua extradição fosse imediatamente cumprida. De volta ao México, ela foi absolvida em 2004 e, três meses após ganhar a liberdade, ganhou disco de ouro nos Estados Unidos ao vender mais de 100 mil cópias de seu novo álbum em apenas três dias.