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23ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo





O QUE VER NA 23º MOSTRA

CORRA, LOLA, CORRA, de Tom Tykwer (Alemanha). Sensação em festivais internacionais e no recente Festival do Rio, Corra, Lola, Corra é uma história dinâmica que se vale de criativas coincidências para contar a as desventuras de Lola. Ela tem vinte minutos para conseguir um milhão de marcos e salvar a vida do namorado. O diretor utiliza diferentes enfoques e técnicas de edição para contar a mesma história três vezes, embalada na ótima trilha sonora techno e no carisma da atriz alemã Franka Potente.

O EINSTEIN DO SEXO - Rosa von Praunheim. (Alemanha)Filme sobre o famoso sexólogo Dr. Magnus Hirschfeld, judeu gay e socialista do fim do século passado, que fundou o primeiro grupo político gay da História. O filme integrou a mostra competitiva do Festival de Locarno em 99.

MEU MELHOR INIMIGO, de Werner Herzog (Alemanha). Parceiro explosivo de Herzog em O Enigma de Kaspar Hauser, Nosferatu - O Vampiro da Noite, Fitzcarraldo e Cobra Verde, a figura intempestiva de Klaus Kinski é celebrada em um filme que recorda a relação tumultuada entre o ator e o diretor.

MUNDO GRÚA, de Pablo Trapero (Argentina). Premiado no Festival de Veneza 99 como melhor filme de estréia, narra a história de Rulo, um ex-baixista de uma de uma famosa banda de rock dos anos 70, que vai trabalhar na grua de um prédio em construção. Seu passado na banda irá afetar seu relacionamento com o filho de 19 anos, e Adriana, dona de um quiosque, com quem irá se envolver.

 

GARAGE OLIMPO, de Marco Bechis (Itália, França, Argentina). Vigorosa incursão pelos porões da tortura da ditadura na Argentina. Focaliza a história de Maria, uma jovem militante de esquerda que é sequestrada e mantida sob tortura por Felix. Inquilino da casa onde morava Maria e a mãe, Félix mantém uma relação de dominação com a jovem.

MOBUTU, REI DO ZAIRE, Thierry Michel (élgica-França-Zaire). Documentário instigante sobre Mobutu Sese Seko, o mais velho, cruel e rico dos déspotas africanos. O filme percorre a construção de seu império, baseado na miséria, corrupção e repressão sistemática aos opositores de um regime que durou mais de trinta anos e deixou um país devastado.

17 ANOS, de Zhang Yuan(China). Prêmio de Melhor Direção no Festival de Veneza 99, o filme de Yuan narra a tragédia de uma garota condenada à prisão por matar acidentalmente a meia-irmã. Dezessete anos depois, ela irá enfrentar o reencontro com os pais.

NENHUM A MENOS, de Zhang Yimou (China). Outro destaque em Veneza 99, levou o Leão de Ouro de melhor filme. Drama sobre uma jovem professora substituta que tenta conter a evasão escolar diante da miséria. Quando um aluno é forçado a abandonar a escola para trabalhar na cidade, a professora parte para resgatar o garoto e reintegrá-lo à escola.

MENTIRAS, de Jang Sun Woo (Coréia). A alta voltagem erótica provocou sensação e polêmica em Veneza, com a história do relacionamento sadomasoquista entre uma jovem de 18 anos e um escultor de 38. O coreano Woo pretende discutir os limites das convenções sociais nos relacionamentos.

SEUS AMIGOS, SEUS VIZINHOS, de Neil Labute (EUA). O canadense Labute prossegue focalizando a misoginia na sociedade moderna, depois do polêmico Na Companhia de Homens. Dessa vez, casais se envolvem na busca do prazer, sem medir as consequências para os parceiros.

HITCHCOCK, SELZNICK E O FIM DE HOLLWYOOD, de Michael Epstein (EUA). Documentário imperdível sobre dois dos maiores mitos do cinema, David O. Selznick e Alfred Hitchcock, e as diferentes visões da indústria que ambos incorporaram. E O Vento Levou... alçou Selznick ao estrelato aos 36 anos. Pouco depois, ele trouxe Hitchcock para Hollywood, com quem fez Rebecca - A Mulher Inesquecível e Interlúdio, entre outros.


HAPPY, TEXAS, de Marc Illsley (EUA) - Deliciosa comédia sobre dois criminosos que assumem a identidade de um casal gay, chamado para dirigir o falido e desacreditado concurso de miss de uma cidadezinha perdida no meio do Texas - Happy.

GHOST DOG, THE WAY OF THE SAMURAI - Um dos imperdíveis, já que leva a assinatura de Jim Jarmusch. Quem viu Trem Mistério, Daunbailó e Dead Man não esquece. Ghost Dog (Forest Withaker, que esteve no Festival do Rio para divulgar o filme) é um assassino profissional negro que vive recluso, guiado por um código de ética baseado na filosofia dos samurais. Traído por uma família de mafiosos, ele irá revidar com a toda a rigidez do código.



LOUCOS DO ALABAMA, de Antonio Banderas (EUA). Filme de estréia de Banderas, lançado em Veneza. Melanie Griffith interpreta uma dona-de-casa que mata seu marido e foge para Hollywood para ser atriz. O filme focaliza seu relacionamento com o sobrinho, um garoto capira de Alabama, e seu primeiro contato com os assuntos mundanos.

CLUBE DA LUTA, David Fincher (EUA). O diretor do ótimo Seven - Os Sete Pecados Capitais e do péssimo Vidas em Jogo explora o radicalismo de um ricaço entediando que cria o Clube da Luta, uma forma de alcançar a liberdade através da auto-destruição.

A HUMANIDADE, de Bruno Dumont (França). O diretor do premiadíssimo A Vida de Jesus traz agora uma fábula sobre a natureza monstruosa da humanidade,na figura do ingênuo Pharaon de Winter. Homem simplório que acredita nas virtudes humanos, Pharaon será atingido pelo estupro e brutal assassinato de uma menina na pequena cidade onde vive.

AMANTES - DOGMA 5, de Jean-Marc Barr (França). Quinto filme da safra do movimento dinamarquês Dogma 95, Amantes utiliza a cartilha formal para seguir os passos de um casal de amantes apaixonados em Paris. A garota é interpretada por Elodie Bouchez, premiada em Cannes por A Vida Sonhada dos Anjos.

MEU NOME É JOE, de Ken Loach (Inglaterra). Um dos direotores britânicos mais brilhantes de sua geração, Loach retoma o enfoque social e humano de sua filmografia com a história de um ex-alcoólatra que tenta reconstruir sua vida.

ZONA DE CONFLITO, de Tim Roth (Inglaterra). O filme de estréia do ator, que ficou famoso com os filmes de Quentin Tarantino, é baseado em obra de Alexander Stuart. A produção traça um retrato impiedoso do incesto e do desmoronamento da confiança em uma família de classe média na Inglaterra.


O VENTO NOS LEVARÁ, de Abbas Kiarostami. O mestre iraniano se despedediu da participação em festivais com esse filme, que acompanha três forasteiros de Teerã que chegam a um remoto vilarejo curdo, aparentemente para filmar o funeral de uma mulher centenária, à beira da morte. Sob o fiapo de história, Kiarostami explora com poesia as paisagens do Curdistão e as tradições da população local.

VERÃO FELIZ, de Takeshi Kitano (Japão). O talentoso ator, roteirista e diretor de Hana-bi- Fogos de Artifício, autor também do cartaz da Mostra Internacional de 1998, Kitano surpreende ao despir de violência e desencanto, marca de seus trabalhos anteriores, uma comédia sentimental sobre um garoto e um gângster (o próprio Kitano), que empreendem uma jornada para encontrar suas mães.

DEPOIS DA CHUVA, de Takashi Koizume (Japão). O assistente de Kurosawa realiza um belo tributo ao mestre levando à tela um roteiro que não conseguiu filmar até sua morte, aos 88 anos, em 1998. Com a enchente provocada pelas chuvas, um grupo de pessoas se refugia em uma pequena hospedaria. Com a tensão aumentando entre os presentes, situações inesperadas irão conduzir a uma nova convivência.

NINGUÉM ESCREVE AO CORONEL, de Arturo Ripstein (México). Aguardada adaptação do mestre mexicano para o romance de Gabriel Garcia Márquez. O universo mágico do escritor colombiano ressurge na história de um coronel que espera em vão pelo dinheiro da aposentadoria, metáfora tragicômica do fim das ditaduras na América Latina.

AS BODAS DE DEUS
, de João César Monteiro. (Portugal). O mesmo personagem hilário e inquieto de A Comédia de Deus ressurge no novo filme de Monteiro, que mais uma vez escreve, dirige e interpreta seus filmes. Dessa vez, o arruinando João de Deus consegue uma mãozinha da providência divina e se envolve com uma bela garota.

A CARTA, de Manoel de Oliveira (Portugal). O nonagenário diretor português, de Inquietude e Viagem ao Princípio do Mundo, apresenta a adaptação do romance La Princesse, de Madame de la Fayette, sobre uma mulher casada que se entrega a uma paixão e se torna freira após a morte do marido.

HOMO SAPIENS 1900, de Peter Cohen (Suécia). Diretor do impressionante Arquitetura da Destruição, o documentarista sueco Peter Cohen persegue a visão crítica do tema da eugenia e da limpeza racial focalizando as tentativas de implementar um "modelo" de ser humano perfeito na União Soviética e Alemanha.

VIVE L'AMOUR, de Tsai Ming-Liang (Taiwan). Esperado e elogiado segundo longa do diretor de O Rio e O Buraco, vencedor do Leão de Ouro em Veneza em 1984. O filme focaliza o relacionamento de um vendedor de urnas funerárias e uma agente imobiliária.


RETROSPECTIVAS

Retrospectiva Seijun Suzuki -
Um dos maiores autores do cinema japonês, Suzuki é um dos mentores da Nouvelle Vague japonesa e de um cinema comprometido com a ousadia estética e a ruptura de valores. A mostra programou uma retrospectiva com seus filmes mais significativos, incluindo o delirante A Marca do Assassino, filme polêmico sobre gângsters que impediu o diretor de filmar por dez anos.

Retrospectiva Cine Mexicano
A Era de Ouro dos melodramas mexicanos vem bem representada, com obras que arrastaram multidões ao cinema, em uma época em que a indústria americana não monopolizava o mercado. Em cartaz, a fotografia do genial Gabriel Figueroa em boa parte dos títulos e a memória das divas voluptuosas como Dolores Del Río (La Otra), Ninón Sevilla (Víctimas del Pecado) e Maria Félix (Rio Escondido.

BRASIL
Dez filmes compõem a porção nacional da Mostra em 1999, com destaque para os documentários. Os Carvoeiros, produção brasileira do diretor inglês Nigel Noble, retrata a vida dos trabalhadores em minas de carvão vegetal em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará; Sobras em Obras, do suíço Michel Favre, focaliza o processo criativo de Geraldo de barros, pioneiro da fotografia experimental no Brasil; Um Certo Dorival Caymmi, do maestro, compositor e produtor musical e Aluísio Didier, lança um olhar poético sobre o compositor baiano e suas histórias. Entre os longas, os destaques são Oriundi, Ricardo Bravo, drama centrado na figura do patriarca de uma família de imigrantes italianos, interpretado por Antonhy Quinn, e São Jerônimo, incursão erudita de Júlio Bressane sobre uma das figuras-chave da igreja católica.

O desencanto e a violência cotidiana estão em O Dia da Caça, Alberto Graça, e O Primeiro Dia, de Walter Salles e Daniela Thomas, um dos dez longas sobre a virada do milênio encomendados a diretores de vários países pela rede de televisão cultural Arte e pela produtora francesa Haut et Court. Em O Primeiro Dia, que estréia em 29 de outubro, um presidiário e uma mulher abandonada irão partilhar seu desespero no último dia do ano.

  • Serviço
  • Confira a programação completa e as sinopses dos filmes da Retrospectiva no site oficial

 

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