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A
cidade dos anjos entra no clima da festa
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Fernanda Zaffari
e Marco Antonio Campos, direto de Los Angeles
Los Angeles, a Cidade dos Anjos, de Meg Ryan e Nicholas Cage, a
Cidade Proibida de Kim Basinger e Kevin Spacey, a cidade para Viver
e Morrer de William Friedlkin, da Rodeo Drive, onde a Linda Mulher Julia
Roberts fez compras, do Edifício Nakatomi que Bruce Willis destruiu em
Duro de Matar, já está em pleno clima de Oscar.
Na terça-feira, às 5 horas da tarde, horário de Los Angeles, a Auditoria
encarregada recebeu os últimos dos 5.557 votos para o Oscar 99. Até a
noite de 21 de março - antes da abertura dos envelopes -
somente os dois sócios da Auditoria, Greg Garrison e Lisa Pierozzi
- encarregados de computar pessoalmente os votos, saberão os resultados.
A Academia mantém um escritório para receber a imprensa do mundo inteiro,
no segundo andar do luxuoso Hotel Inter-Continental, em pleno centro de
Los Angeles. Lá os jornalistas credenciados recebem quilos de material
de divulgação, pôsters da Cerimônia 99 e informações sobre as atividades
da semana.
O tapete vermelho já foi colocado em frente ao
Dorothy Chandler Pavilion, o mais nobre dos prédios do Music Center,
há poucas quadras do Inter-Continental. As arquibancadas onde cerca de
duzentas afortunados fãs - que chegam vários dias antes - verão de perto
seus ídolos cinematográficos, com direito a holofotes, abanos e gritos,
já estão montadas.
Dezenas de reproduções da estatueta mais famosa do mundo, em vários tamanhos,
para compor os cenários externos e internos do show, também já estão no
Music Center. Chegaram a bordo de um caminhão como o que perseguia Dennis
Weaver no filme Encurralado, de Steven Spielberg. Como
Liv Tyler apresentará pela primeira vez um Oscar, será também a noite
do encontro dela com o pai Steven Tyler, vocalista do Aerosmith.
Os brasileiros Walter Salles e Vinícius de Oliveira
já estão em Los Angeles, hospedados no Beverly Hills Hotel,
em plena Sunset Boulevard, o ponto mais chique de Hollywood. Fernanda
Montenegro deve chegar nesta quinta-feira, 18 de março.
A disputa entre A Vida é Bela
e Central do Brasil segue emocionante
e desequilibrada - como a luta de Davi e Golias - graças ao lobby da Miramax.
Enquanto Central está sendo exibido em nove salas em Los Angeles, Roberto
Benigni está em cinqüenta e duas. As letras gigantes de HOLLYWOOD
estão no alto da montanha observando a agitação da cidade às vésperas
de mais um Oscar. O septuagésimo primeiro. O penúltimo do século e do
milênio. Talvez o primeiro do Brasil.
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