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PÂNICO 2 RAPIDINHO Não é um filme de terror
tradicional. Não se leva muito a sério, brinca com os clichês do gênero,
usa metalinguagem em algumas piadas, consegue alguns (poucos) sustos.
Se você viu o primeiro "Pânico" e ainda lembra bem do enredo, vai entender
essa continuação bem melhor. Eu fiquei perdido entre um monte de personagens
que deveriam significar alguma coisa, mas nada significavam. Toda seqüência
que se preze tem que se sustentar sozinha, ou vira pastiche de um pastel
de vento. AGORA COM MAIS CALMA O início é animador.
Num cinema lotado, em que acontece a estéia de "A punhalada", todos os
espectadores ganharam máscaras semelhantes à usada pelo assassino do filme.
Protegido pelo anonimato, um assassino de verdade mata um casal de espectadores,
apunhalando-os com crueldade. Mas a animação termina por aí. Segue-se
a reapresentação dos personagens do "Pânico" original: a heroína sobrevivente
(a insossa Neve Campbell), seus amigos sobreviventes, uma repórter-escritora
sem escrúpulos, um sujeito careta de bigodinho ridículo. Provavelmente
esqueci alguém, mas isso não importa. Ah, esqueci o novo namorado da heroína
(o anterior, ficamos sabendo depois, era um psicopata), que parece meio
abobado (ficamos sabendo depois que é meio abobado mesmo). Enfim, um conjunto
de jovens americanos idiotas prestes a dar seu sangue para delícia da
platéia.
Carlos Gerbase é jornalista e trabalha na área audiovisual, como roteirista e diretor. Já escreveu duas novelas para o ZAZ (A gente ainda nem começou e "Fausto") e atualmente prepara o seu terceiro longa-metragem para cinema, chamado "Tolerância". |
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