Tim Burton reinventa fórmula de ficção que marcou a década de 70
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Macacos dominam o planeta e escravizam os humanos |
Passaram-se quase sete anos para que a 20th Century Fox, proprietária dos direitos de Planeta dos Macacos, começasse a nova versão do filme original produzido em 1968. Antes que o diretor Tim Burton finalmente conseguisse abocanhar a produção do filme, alguns dos mais importantes nomes de Hollywood, entre eles Oliver Stone, James Cameron e Chris Columbus, haviam aceitado a direção deste clássico do cinema fantástico, mas nenhum deles pôde iniciar o projeto.
Com a nova versão do clássico de ficção, Tim Burton parece ter captado o estilo sombrio e turvo do original de 1968. Nesta nova encarnação da saga dos macacos, o diretor levará os fãs do longa-metragem original a novos horizontes.
No remake, Mark Wahlberg encara o papel de Leo Davidson, astronauta norte-americano que cai com sua nave em um planeta brutal e primitivo em que os macacos detém o poder e o exercem de forma tirana. A raça humana luta para sobreviver enquanto os primatas os caçam e os escravizam.
Logo que Davidson é capturado, os macacos descobrem - através de suas roupas, modos e pela nave em que chegou - que este humano é um ser diferente. Apesar de ignorarem o propósito de sua missão, os macacos se dão conta de que este estranho chegado do céu trouxe esperanças e inspiração às diferentes tribos de humanos oprimidos.
Daena (Estella Warren) encontra em Davidson a verdadeira razão para sonhar com um planeta sem medo e opressão, além de conseguir a inspiração que necessitava para unir todas as tribos existentes na luta contra os macacos.
Leo Davidson apresenta-se como a primeira ameaça contra a autoridade e superioridade dos símios, liderados por Thade (Tim Roth), General do Grande Exército de Macacos. Thade, o macaco mais forte e influente, é temido por seus rivais e admirado por suas habilidades na guerra. Ele cultua a Semos - o Todo Poderoso e odeia a raça humana, considerada uma enfermidade que precisa ser destruída como uma praga.
Seu objetivo final é fazer com que prevaleça sua concepção de sociedade, mas com a chegada de Davidson, seus planos de dominação são completamente alterados. Davidson é um estorvo que deve ser rapidamente eliminado.
A nova versão do longa-metragem inclui modificações importantes com respeito à versão de 1968. Como ocorreu com a tecnologia, as próteses faciais melhoraram drasticamente. A variedade de expressões que os atores podem agora representar, foram os grandes destaques de trailers e clips do filme onde aparece o personagem de Thade, encarnado por Tim Roth.
Rick Baker, o mago dos efeitos especiais e da maquiagem, assumiu o desafio de criar chimpanzés, orangotangos e gorilas encarnados por atores que tivessem rostos realmente expressivos. Ainda maior foi o desafio de transformar Helena Bohnman Carter em Ari, um charmoso símio do sexo feminino. Como seu papel pedia um certo nível de tensão sexual entre Ari e Leo Davidson, para a maquiagem de Bohnman Carter foi necessária combinar beleza humana e animal.
Para conseguir este efeito, em cada dia de filmagem foram gastas quatro horas para a aplicação da maquiagem neste personagem feminino. Foi o personagem que mais tempo levou para ser construído, em comparação às duas horas e meia gastas com o restante dos atores.
Todos os atores passaram por um treinamento para que soubessem pular e andar como macacos de verdade. Sob a atenção de Terry Notary, eles tiveram aula de "Introdução a Como Caminhar como um Macaco". Os atores aprenderam de tudo: desde como manter seus ombros baixos e seus joelhos levemente flexionados, até como mexer seus braços ao caminhar.
As mudanças visuais e de roteiro mais chamativas desta nova versão podem ser vistas na cenografia. A diferença entre o filme original e a nova versão leva a acreditar que os dois fazem parte de planetas diferentes. Enquanto o longa-metragem de 1968 possuía uma paisagem pós-nuclear, que irradiava o aspecto ermo das zonas despovoadas do oeste norte-americano, a cenografia na versão de Tim Burton é um pouco mais frondosa. A nova versão da Cidade dos Macacos é uma estrutura mais exuberante, criada basicamente de pedras e árvores - fazendo um forte contraste com a estrutura de pedra do filme de 1968, que hoje nos faz pensar em Os Flintstones.
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