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Cena do jogo que se tornou febre |
Lara Croft
Tomb Raider é um marco na história dos jogos interativos
A história de Tomb Raider
Em novembro de 1996, as empresas Core Design Ltd. e Eidos Interactive deixaram o mundo dos games (e a maioria dos adolescentes) de boca aberta com sua nova criação, Tomb Raider.
Este foi o momento em que, armada com seu revólver de seis balas e premeditando a revolução dos gráficos tridimensionais, Lara Croft fez sua entrada triunfal no mundo dos videogames. Apesar de sua existência ser apenas nos bytes e na informática, nesse mesmo ano a desportista aventureira se converteu em capa das mais prestigiadas revistas especializadas no tema.
Em uma era em que heróis como Duke Nukem (GT Interactive) e o solitário soldado de Quake (ID Software) dominavam o cenário interativo dos PCs, Lara Croft apareceu como uma rajada de ar fresco em um oceano de sangue, corpos mutilados e incisivos comentários pré-programados.
Apesar de Tomb Raider não ser menos heróico - ou no caso, menos violento - que os demais, este jogo inédito trazia um único atirador virtual com o coração e a alma de um verdadeiro jogo de aventuras. De forma similar ao que ocorre nos filmes de Indiana Jones, o jogo transportava os participantes a todos os cantos do planeta em busca de tesouros e, no processo, deixava o personagem malvado sangrando pelo nariz.
Depois da quantidade de cópias de jogos como Doom e Doom Parte II, que invadiram o mercado com franco-atiradores virtuais, os jogadores do mundo necessitavam de algo diferente. Avançando por uma série de corredores para chegar do ponto A ao ponto B, C e D, o caminho logo tornou-se uma fórmula trilhada como alguns dos primitivos jogos da Nintendo ou da Sega.
Em 1995, a marca Eidos Interactive, uma novata no negócio dos videogames, adquiriu a Core Design, um estúdio de desenvolvimento de jogos virtuais, para que resolvesse este problema, sem saber que com esta iniciativa dariam começo à revolução 3-D.
Tomb Raider foi um dos primeiros jogos a oferecer um meio interativo realmente tridimensional. Este aspecto concedia aos jogadores um nível de controle e uma liberdade de deslocamento sem precedentes, principalmente por captar por completo o atrativo de exploração e de aventura no jogo.
Em Tomb Raider, os jogadores assumem o papel de Lara Croft, uma jovem rica que eventualmente decide abandonar seu polido estilo de vida por aventuras ousadas no mundo da arqueologia. Apesar da vida de Lara antes de sua "mudança de profissão" ser aparentemente idílica, não lhe oferecia o desafio e a aventura que ela tanto ansiava.
Finalmente, Lara se encontra com seu primeiro cliente, um rico aristocrata rodeado de mistério que necessita do talento especial da heroína. Este encontro leva nossa jovem à América do Sul para recuperar um antigo artefato: o lendário Scion. Logo, a traição toma o controle da situação quando o primeiro cliente de Lara converte-se em seu pior inimigo. Lara deverá encontrar outros dois artefatos para poder ativar o Scion, enfrentando mercenários no caminho, que sempre estão armados até os dentes, com cachorros selvagens e muitos outros adversários letais.
Todos estes elementos guiam o jogador ao longo de uma viagem desenfreada que recorda a Pitfall, um dos mais antigos jogos de Atari (um jogo em que se corre e se salta muito para livrar-se de obstáculos). Até se poderia dizer que Tomb Raider é uma nova e melhorada versão deste clássico dos videogames.
No final de 1996, a comunidade de jogos estava fascinada com Tomb Raider e, ainda mais por Lara Croft. Como já mencionamos, este personagem virtual apareceu em numerosas capas de revistas de videogames, e milhares de sites de fãs dedicados a Lara aparecerem da noite para o dia na Internet.
Respondendo ao eco dos pedidos de seus fãs, em dezembro de 1997 a Eidos Interactive lançou Tomb Raider Parte II. Nos quatro anos posteriores, o fenômeno Lara Croft cresceu de tal forma que sua popularidade mundial é comparada a Mario, o épico videogame da Nintendo.
No total, foram lançadas quatro continuações de Tomb Raider, o que hoje se traduz em mais de 17 milhões de cópias vendidas.
Saltando do monitor do computador às grandes telas, Lara tem entretido o público com breves comerciais de televisão desenhados por computador.
Na realidade, era só questão de tempo - e de encontrar a atriz adequada - para que Lara Croft fizesse sua aparição nos cinemas.
Redação Terra/EUA
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