'Anjos e Demônios' traz mais ação e menos enrolação
Por Janice Scalco
Com bem mais ação e menos enrolação do que O Código da Vinci, Anjos e Demônios traz outra vez Tom Hanks como o simbologista da Universidade de Harvard Robert Langdon. Mais magro e com um corte de cabelo melhor, o personagem se vê em meio a uma luta contra o relógio para salvar o Vaticano de uma ameaça iminente.
Na produção dirigida por Ron Howard, o Vaticano recorre a Robert Langdon depois que quatro cardeais são seqüestrados por possíveis membros da sociedade secreta Illuminati durante o conclave, reunião para eleger o novo papa. Com a ajuda da cientista Vittoria Vetra (Ayelet Zurer), Langdon percorre Roma para salvar os cardeais da morte e o Vaticano de uma bomba prestes a explodir.
Ainda em meio à polêmica causada por seu antecessor que rendeu mais de US$ 750 milhões mundialmente, a equipe de Anjos e Demônios teve problemas para rodar o longa na capital italiana. Howard não foi autorizado a filmar em diversos locais de Roma que tivessem uma igreja ao fundo. É claro que gravar dentro de uma igreja então estava fora de cogitação.
Por isso, famosas locações de Roma foram reproduzidas em estúdio e digitalmente. Para ajudar na pesquisa, diversos membros da produção se passaram por turistas e visitaram pontos importantes para a trama - como a Capela Cistina no Vaticano -, tirando fotos e filmando para que depois o local fosse reproduzido. Algumas dessas reproduções digitais ficaram perfeitas, outras não. Exemplo é a cena em que Langdon e Vitoria estão dentro do Panteão.
Apesar de ter temas bem menos polêmicos que O Código da Vinci, que sugeria que Jesus e Maria Madalena tiveram filhos juntos, Anjos e Demônios despertou controvérsia e gerou críticas antes mesmo de chegar aos cinemas. Membros da Igreja Católica acusaram a produção de ser ofensiva aos valores da Igreja.