Claudio R S Pucci
Muita porrada, humor negro e coreografias violentas. Esses são os ingredientes básicos de X-Men – Origens: Wolverine, que estréia em mais de 500 salas em todo o Brasil na quinta-feira (30). Só que isso não é ruim. O filme é ágil, violento, divertidíssimo e com ação ininterrupta, desde a belíssima abertura, com o esquentado canadense e seu irmão, Victor Creed, passando por inúmeras guerras, da independência americana ao Vietnã, até o ápice em uma usina nuclear. E tudo isso recheado de piadas ótimas e muito sarcasmo. Ou seja, para quem espera um roteiro mais bem elaborado com discussões sobre de onde viemos e para onde vamos, esqueça! Wolverine é um gibizão filmado, com seus furos e forçadas de barra perdoáveis.
Como o próprio título diz, o filme mostra como o mutante Wolverine ganhou suas garras de adamantium e sua relação com duas grandes nêmeses: Dente-de-Sabre e General Stryker, aquele que queria acabar com os mutantes em X-Men II (2003). Também conseguiram amarrar as pontas deixadas nos três outros filmes da série, como por exemplo a amnésia do herói. Nas HQs, demorou mais de 30 anos para se contar quem era Logan antes de se tornar Wolverine; e sua infância apareceu na graphic novel (editada em três partes), Origens, de 2001. Seu esqueleto de metal, porém, foi mostrado 10 anos antes, em Arma X, de Barry Windsor-Smith. Da primeira obra quase nada foi aproveitado, a segunda é claramente a base para o roteiro desta aventura cinematográfica. Continua ...