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Foto: Jefferson Bernardes/Terra Sereno e discreto, Clapton é um dos poucos bluesman brancos que exercem um fascínio fora do comum sobre o público. Confira fotos

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 Show: Porto Alegre, 10/10
Baladas e blues clássicos em show de duas horas

Foto: Jefferson Bernardes Quinta-feira, 11 de outubro, 16h30

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Depois de quase duas semanas de chuva em Porto Alegre, o tempo limpou e deixou a noite desta quarta-feira (10) extremamente agradável para o show de Eric Clapton no Estádio Olímpico. O local, com capacidade para cerca de 60 mil pessoas, foi praticamente lotado por jovens e casais de todas as idades. Aliás, os casais se deram bem neste show repleto de baladas e clássicos do blues tocados com perícia e naturalidade por Clapton. O show teve 18 músicas e duas horas de duração.

O guitarrista entrou no palco por volta das 21h, depois de uma apresentação de 30 minutos de Frejat, que tocou as músicas de seu disco solo (Amor Pra Recomeçar) e sucessos do Barão Vermelho. Clapton, muito quieto mas sempre se mostrando simpático, começou a noite com a instrumental Reptile, uma humilde e gringa bossa nova tocada com o guitarrista sentado em um banquinho. A música foi apenas um aquecimento para a bluseira Got You on My Mind, fazendo o público gritar e saudar o guitarrista. Porto Alegre tem uma queda fantástica por blues e sentiu ali o começo do show.

Tears in Heaven ampliou ainda mais o ânimo dos fãs, emocionados não só pela música, umas das mais conhecidas de Clapton, mas também pela iluminação verde e amarela do palco. A jogada de cena pareceu um pouco apelativa. Provavelmente para que o público se rendesse de vez, como se fosse preciso. Change the World, com uma longa introdução, foi descoberta pelas pessoas aos poucos, fazendo todos dançarem à medida que tinha seu ritmo acelerado.

Com My Father's Eyes, Clapton, acompanhado de uma banda afinadíssima, conseguiu fazer uma mistura incrível de rhythm'n'blues e reggae, e ainda acabar com um solo de guitarra. Muitos aplausos, muitos gritos - a platéia agitada se acalmou apenas com o lamento da hipnótica River of Tears. She's Gone, com guitarras pesadas no final, e Want a Little Girl passaram quase que batidas, exatamente o contrário do que aconteceu com as clássicas Hoochie Coochie Man e Layla, que encerrou o show.

Para o bis, Eric Clapton trouxe Sunshine of Your Love e uma belíssima versão para Somewhere over the Rainbow, que praticamente transformou um estádio em um club de jazz nova-iorquino dos anos 30 ou 40. A última turnê do guitarrista, como ele mesmo anunciou, foi um show de hits com algumas boas surpresas.

Danilo Fantinel / Redação Terra

 
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