Terça, 21 de agosto de 2001
A recente transferência da cerimônia do Grammy Latino de Miami para Los Angeles, por conta de temores dos protestos de cubanos contra os artistas da ilha comunista, representou um golpe para os exilados que querem passar uma imagem de maior tolerância.
A decisão deve custar à cidade até 40 milhões de dólares de prejuízo, e inviabiliza uma manifestação pacífica para os exilados cubanos.
Foi um choque para a comunidade, que ficou com a imagem de extremista, segundo Dario Moreno, especialista em Cuba na Universidade International da Flórida.
O imbróglio começou quando os organizadores do protesto recusaram-se a aceitar um lugar determinado pela polícia, por ser longe demais do auditório onde aconteceria o Grammy. A decisão sobre o local do protesto foi surpreendentemente substituída pela decisão de mudar o evento de cidade.
Diante da ameaça de maiores confusões, embora o número previsto de manifestantes fosse pequeno, a administração de Miami preferiu não arriscar e desistiu de sediar a premiação.
A postura comedida é vista como uma maneira supercautelosa de enfrentar questões políticas cubanas delicadas em Miami, depois que a novela do menino Elián, no ano passado, deixou um saldo negativo para a administração local.
Reuters
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