Quarta, 4 de abril de 2001
A cidade de Miami foi escolhida na quarta-feira como sede da cerimônia de premiação do Grammy Latino depois de ter sido recusada no ano passado por sua política anticubana, anunciaram os líderes do setor nos EUA.
O evento acontecerá em 12 de setembro e não trouxe surpresas, pois Miami é considerada a capital da música latina nos Estados Unidos, muito mais que Los Angeles, onde aconteceu a premiação no ano passado.
"Isto nos dará a oportunidade mais uma vez de mostrar ao mundo o condado de Miami-Dade e a cidade de Miami", disse o prefeito do condado, Alex Penelas, numa entrevista coletiva.
Ele acrescentou que o evento deve trazer ganhos econômicos de cerca de US$ 40 milhões à região.
No ano passado, a cidade perdeu a oportunidade de sediar a festa porque porta-vozes da Academia Nacional de Artes e Ciências Cinematográficas (NARAS pela sigla em inglês) não puderam persuadir as autoridades locais para deixar de lado uma medida do condado de Miami-Dade que proíbe a realização de negócios com qualquer empresa que tenha vínculos com a ilha de governo comunista.
Esse empecilho acabou por ser eliminado e os políticos locais mudaram de parecer diante ao Grammy Latino, e não somente por seu impacto econômico.
"Esta é uma comunidade de vítimas de um regime repressivo (...) mas, acima de tudo, esta comunidade representa a liberdade de expressão", disse Jorge Más Santos, presidente da Fundação Nacional Cubano-Americana, um grupo poderoso que luta pela derrocada do presidente cubano, Fidel Castro.
Reuters
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