São Paulo - O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais do Estado de São Paulo, Rinaldo Martorelli, é claro ao analisar as ameaças do Clube dos 13 a jogadores que entram na Justiça: "a decisão do Clube dos Treze é uma prova da desorganização da categoria", diz.
"Os jogadores são sempre assim, enquanto não mexem com o bolso deles, não se mobilizam, quem sabe agora a coisa mude." Alfredo Sampaio, do Sindicato do Estado do Rio, propõe uma solução radica. "Se o Marcelinho Carioca, Rogério Ceni, Edmundo, Romário resolvessem não entrar em campo, em protesto, garanto que em cinco minutos a Rede Globo resolveria a questão."
Os departamentos jurídicos dos dois sindicatos estão preparando uma defesa contra a decisão do Clube dos Treze de não mais admitir, nos seus filiados, atletas que recorram à Justiça Comum para defender seus direitos. "Farei uma denúncia à Procuradoria Geral do Estado", afirma Sampaio.
"Nós também estamos estudando uma ação jurídica", conta Martorelli. "Os clubes já conseguiram excluir muitos dos direitos dos atletas previstos, originalmente, pela Lei Pelé", diz Sampaio. "Se necessário, iremos a Brasília."
Martorelli sugere também que, desta vez, o apoio às iniciativas da categoria não fique na intenção. "No começo os jogadores se mostram solidários, mas depois tiram o corpo fora."
Caso Reidner - Após ter abandonado o Botafogo, o volante reivindicou na Justiça comum o seu passe com a intenção de deixar o clube. Ele venceu na primeira instância, mas o Alvinegro carioca conseguiu um mandado de garantia que suspende a decisão. Pela nova regra do Clube dos Treze, ele não poderá mais atuar em nenhum time associado à entidade. A situação de Rogério, do Palmeiras, é semelhante.