Rio - Apesar da má campanha nas Eliminatórias, os
dirigentes da Federação Boliviana de Futebol resolveram manter Carlos
Aragonés. Para dar força ao treinador, prorrogaram o contrato dele por seis
anos. Com um detalhe: reduziram à metade o salário não só dele como de toda
a comissão técnica.
"Começamos um processo de renovação na seleção boliviana e nós, da comissão
técnica, demos prioridade ao futebol sobre as condições econômicas",
declarou Aragonés, explicando a razão de ter aceito a redução do salário
para cerca de R$ 18 mil.
Caso Aragonés não aceitasse a redução do salário, seria imediatamente
substituído. Segundo os jornais bolivianos, havia sido feita proposta a Luis
Orozco, técnico do Bolivar.
Ele receberia aproximadamente
R$ 12,7 mil. Os outros integrantes da comissão técnica também vão ter rendimentos
menores. O preparador físico Jose Antonio Vaca receberá de salários cerca de R$ 9 mil.
Já o treinador de goleiros Luis Galarza terá direito
a aproximadamente R$ 10,9 mil mensais. Os jogadores também foram afetados com a medida de economia tomada pela
Federação Boliviana. Joguem ou não, eles terão direito a apenas R$ 1,8 mil.
A Bolívia está em penúltimo lugar nas Eliminatórias da Copa de 2002. Tem
apenas cinco pontos. Venceu um jogo, empatou dois e perdeu quatro.