São Paulo - O Corinthians literalmente escorregou na derrota por 2 a 1 frente ao Olímpia, nesta quarta-feira à noite, no Pacaembu, pela Copa Mercosul. O resultado negativo praticamente sepultou as chances do time paulista no torneio sul-americano, em que perdeu todos os três jogos disputados.
O técnico Oswaldo Alvarez lamentou o novo fiasco e avaliou que dois fatores atrapalharam muito: os escorregões e os desfalques.
"Tomamos o gol em um escorregão do Fábio", afirmou, sobre o lance em que Fábio Luciano levou um lançamento nas costas e perdeu na corrida para Palácios, que abriu o placar. Outro escorregão, de João Carlos, provocou o pênalti que devolveu a vitória ao Olímpia logo depois do suado empate corintiano.
"Num lance em que nós nos precipitamos, fizemos o pênalti e tomamos o gol", disse Alvarez. "Naquele momento tínhamos tudo para virar o jogo", lamentou o fato de os paraguaios retomarem a vantagem em um momento propício ao Corinthians. "Depois do segundo gol, bateu o desespero e nós não fizemos nada nos últimos dez minutos", completou.
Além da queda de Fábio Luciano e o tombo de João Carlos, que foi driblado e tirou a bola com a mão dentro da área, a ausência de atletas que fizeram o sucesso corintiano nos últimos tempos atrapalhou. "Foi uma grande fatalidade perder tantos jogadores, por suspensão, contusão, venda. Enfim, foi muito problema para uma partida só", reclamou.
Apoiado - A torcida que compareceu ao Pacaembu vaiou a diretoria e alguns atletas, mas poupou e até apoiou o trabalho de Vadão. Ele disse estar satisfeito em saber que pode contar com o apoio da Fiel em um momento difícil, mas não teme o momento em que as cobranças virarem de lado e a cabeça dele passar a ser exigida nas arquibancadas.
"Estou preocupado em arrumar a equipe", disse. "A partir do momento em que você aceita trabalhar no Corinthians, você já sabe o que vai encontrar", completou, lembrando que já foi devidamente prevenido em sua passagem pelo interior de São Paulo e pelo Atlético-PR.
Vadão disse que o trabalho é o melhor caminho para sair da fase instável e recolocar o Corinthians nos eixos, mesmo sabendo que não poderá contar com reforços tão cedo. "Agora é pensar no Grêmio, que é um outro momento, um outro campeonato."