Rio - O prejuízo de aproximadamente R$ 1
milhão por mês no ano de 99, além da escassez na oferta de bons jogadores no
mercado, deve levar a Hicks, Muse, Tate & Furst (HMTF) a uma redistribuição
de verba mais criteriosa no Corinthians.
Todos no clube pensaram que o dinheiro proveniente da venda de Edílson ao Flamengo e de Vampeta à Internazionale de Milão, cerca de US$ 22 milhões (R$ 39 milhões) no total, seria reinvestido em contratações.
Até agora, a HMTF não divulgou oficialmente o balanço de sua parceria com o
clube paulista, mas já se sabe que a empresa norte-americana investiu muito
e praticamente não faturou. Por isso, só uma parte do dinheiro correspondente à venda de Edílson e Vampeta será destinado às contratações.
A outra, que ainda será estipulada pela empresa, servirá para cobrir o rombo
de aproximadamente R$ 12 milhões só no primeiro ano da parceria.
O Corinthians procura desesperadamente por reforços. No entanto, só
investirá em jogadores cujo preço não seja considerado uma exorbitância. A
prioridade da diretoria é um cabeça-de-área para o lugar de Vampeta. Emerson
Pereira, do Colo-Colo, já está em São Paulo para acertar sua vida com o
Corinthians.
O técnico Vadão também queria um goleiro do mesmo nível de Dida. Mas as boas atuações de Maurício e as dificuldades de mercado acabaram com as esperanças do treinador. "As nossas necessidades a diretoria conhece, mas eu não posso obrigar o clube ou a empresa a contratar na marra", disse. "Só acho o seguinte: se não vierem
mesmo os reforços, nós teremos de assumir a responsabilidade em conjunto. Eu e a diretoria."