Rio - Com a participação de Fernando Scherer confirmada no
revezamento 4x100m livre dos Jogos Olímpicos, resta à comissão técnica decidir a ordem de entrada dos brasileiros na prova.
Normalmente, a formação teria Scherer abrindo e Gustavo Borges fechando, como foi feito na conquista do ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999.
Com a incerteza sobre as condições físicas e técnicas de Xuxa, os treinadores que estão em Canberra preferem aguardar a chegada dos nadadores para depois definir a estratégia.
Além de Scherer e Borges, o revezamento
brasileiro ainda tem Carlos Jayme e Edvaldo Valério, o único que já está
treinando na capital australiana. Fernando Scherer chega à Austrália na
terça-feira, um dia depois de Gustavo Borges, acompanhado do
fisiatra Cláudio Cardone.
Ainda no Brasil, o atleta disse estar à disposição
da equipe para abrir o revezamento, como de costume. "Mesmo que o meu tempo não seja tão bom, minha presença vai dar confiança
para os que nadarem depois", disse. Mas, segundo Ricardo de Moura, coordenador técnico da equipe de natação, ainda é cedo para decisões. "Quem vai nadar são eles, então temos que esperar os três que ainda não chegaram para estudarmos o caso", disse.
Se a decisão dependesse apenas do treinador Sérgio Silva, o Brasil abriria a
disputa por medalhas, no dia 16 de setembro, com uma postura mais audaciosa.
Para Serjão, que treina o baiano Edvaldo Valério, os experientes Xuxa e
Borges deveriam entrar primeiro na água.
"Sou favorável a nadarmos colados aos americanos e australianos desde o
começo. Quem ficar para trás no início da prova não vai conseguir alcançar
os favoritos", disse.
Independentemente disso, a liberação de Scherer para os Jogos Olímpicos deixou os nadadores brasileiros que estão treinando no Instituto Australiano do Esporte aliviados. "Seria horrível se o Xuxa não competisse aqui. A presença dele deixa o
grupo mais forte", disse Luiz Lima.
Para Ricardo de Moura, se Fernando Scherer não tivesse deixado os Estados
Unidos para se tratar no Brasil, dificilmente teria condições de competir em
Sydney. "Este episódio provou que o atleta que treina no exterior não tem a mesma
estrutura que teria no Brasil", disse. "É preciso valorizar o trabalho feito pela Confederação Brasileira neste caso."*
L!Sportpress