São Paulo - O São Paulo contratou ontem o zagueiro Wellington Paulo, do América-MG, por R$ 3,24 milhão. O clube negocia também com Scheidt, do Celtic de Glasgow e com Marcelo Djian, do Cruzeiro. "Estamos negociando o Scheidt com o São Paulo", afirma Jorge Machado, procurador do zagueiro. "Seu empréstimo por um ano ficaria em torno de US$ 500 mil. Há muitas possibilidades de o negócio sair." Há ainda outra opção. José Dias, diretor de Futebol, viajou para Assunção ontem, onde entraria em contato com Celso Ayala, titular da seleção paraguaia, que enfrenta a Venezuela no final de semana.
Wellington Paulo completa 28 anos em 1º de dezembro. Tem 1,80 metro, 76 quilos e grande impulsão. "Fiz quatro gols este ano. Geralmente surpreendo a defesa com minhas cabeçadas", diz o zagueiro, que se considera pronto para fazer sucesso em São Paulo. "Estou no meu melhor momento. Se tivesse saído antes para um grande time, talvez sentisse o peso da responsabilidade, mas agora não. Vou fazer sucesso em São Paulo."
Ele diz que está pronto para jogar. "Participei de todos os jogos do América este ano e nas últimas duas temporadas acho que fiquei fora uns dois ou três jogos. Jogo pela esquerda, mas já joguei pela direita."
O que Wellington Paulo espera ter, Scheidt não conseguiu na Escócia. Contratado por R$ 10,8 milhões no ano passado, ele não se adaptou ao futebol escocês. "Sou um jogador clássico e aqui o treinador (Martin O'Neill) pede que eu dê cotoveladas nos atacantes. Isso eu não faço", diz o zagueiro, por telefone, de Glasgow. "Ele respondeu que eu não me encaixo no esquema dele e não me coloca para jogar."
Scheidt diz que tem torcido muito para que a negociação com o São Paulo dê certo. "É um dos grandes times do Brasil. Se eu for contratado, poderei voltar logo para a seleção brasileira. Fiz dois jogos muito bons contra a Argentina e depois que fui contratado pelo Celtic nunca mais fui chamado."
A passagem de Scheidt por Glasgow não foi nada boa. "Cheguei, assinei contrato e tive uma crise de apendicite. Fui operado e fiquei um tempo sem jogar, demorou minha adaptação. Também estranhei muito o clima. No inverno, a noite chega às 4h da tarde e o dia amanhece pelas 10h da manhã. Não é uma coisa muito legal, mas não me arrependo. Deu para aprender algumas coisas a mais."
Scheidt é destro, mas gosta de jogar pelo lado esquerdo da defesa. "É melhor, sobra espaço para dar uns lançamentos com a perna direita. Mas também jogo pela direita. Não tem problemas. O que eu quero é voltar ao futebol brasileiro e o São Paulo é uma grande opção."
Rafael Felipe Scheidt tem 23 anos, 1,83 m e pesa 73 quilos. Marcelo Djian é outra opção bem ao estilo do São Paulo. Boa técnica, recomendado pelo treinador e custa pouco porque é dono do passe.
Essa é pelo menos a terceira vez que Djian fica perto do São Paulo. Na primeira, em 1999, preferiu ficar no Cruzeiro, e na segunda, com a chegada de Levir, acabou não se concretizando. O zagueiro, que está na reserva do Cruzeiro, participou de forma indireta na negociação de Edmilson para o Lyon. Como ex-jogador do clube francês, Marcelo serviu como anfitrião dos dirigentes que vieram a São Paulo tratar da compra do passe de Edmílson.