Rio - Em uma semana decisiva da seleção, que tenta a recuperação nas eliminatórias, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, preferiu voltar as suas atenções nesta quinta-feira para um projeto de longo prazo: a construção de uma nova sede para a entidade.
Nesta quinta, foi apresentada uma maquete do complexo, que tem uma grande bola em seu centro.
Ao lado de executivos da Mice, empresa inglesa de entretenimento, ele detalhou como deve ser a sede na Barra da Tijuca, onde, segundo o dirigente, também será instalado um centro de lazer e um memorial do futebol.
"Temos problemas estruturais muito grandes na atual sede, que está totalmente ultrapassada", disse ele, referindo-se ao prédio no centro do Rio. Ele negou, no entanto, que o local escolhido tenha como objetivo tornar a sede da CBF mais distante e, portanto, longe das pressões da imprensa e dos torcedores. "A Barra foi escolhida porque é o local que conta com terrenos do tamanho necessário para a construção", explicou. “Todas as federações no mundo são distantes do centro."
O projeto de construção do complexo imaginado pela CBF está orçado em US$ 75 milhões, que serão pagos por empresas patrocinadoras. A empresa Mice é responsável por levantar os recursos necessários para viabilizar o montante necessário. Em troca, a empresa terá direito a explorar o centro de lazer por dez anos e, depois, a CBF fica com o prédio. O presidente da Mice, Miguel Correa, garantiu que o complexo vai estar pronto em 2003, mas não há previsão de quando será o início das obras.
Teixeira informou que a Nike, patrocinadora da seleção, vai auxiliar na realização do projeto. No centro de lazer e no memorial do futebol, explicou, vão ser utilizadas imagens de jogadores, do passado e do presente, que passaram pela seleção. "Se houver um jogador envolvido individualmente, faremos um acordo", afirmou o dirigente, que ressaltou que não assinou um contrato com a Mice.