Porto Alegre - Paulo Nunes e Amato precisaram forçar a memória para recordar o último jogo em que, atuando lado a lado, como verdadeiros atacantes, conseguiram dar a resposta exigida pela torcida do Grêmio. Já se passaram quase sete meses. Foi contra o Atlético-MG, em fevereiro, pela Copa Sul-Minas.
É nesta dupla que o técnico Celso Roth confia para garantir a primeira vitória em casa na Copa João Havelange, hoje, no Estádio Olímpico, contra a Ponte Preta. E arrancar rumo à classificação.
Na verdade, o Grêmio inicia uma seqüência de partidas consideradas decisivas para garantir a sua vaga. Serão cinco jogos em casa e um em Caxias do Sul, diante do Juventude. A má notícia é que, em todos esses jogos, o time não poderá contar com Ronaldinho, convocado para a Seleção Brasileira.
Amato não será o centroavante fixo sonhado pelo treinador. Muito menos Paulo Nunes. Roth, aliás, desconfia de Adão e não se cansa de pedir a contratação de um verdadeiro matador. Mas já não tem esperança de ser atendido.
Depois daquele 3 a 0 sobre o Atlético-MG, pela Copa Sul-Minas, quando marcou dois gols e teve seu nome cantado pela torcida, o argentino Amato afundou. Junto com ele, sucumbiu Paulo Nunes, que até no meio-campo andou atuando. Nenhum dos dois esconde a ansiedade para a partida desta tarde. Amato sonha em marcar um gol, o que não ocorre desde maio. E Paulo Nunes quer provar que a diretoria não jogou dinheiro pela janela ao trazê-lo de volta.
Há outra mudança importante. Fabrício entra na zaga no lugar de Nenê, lesionado. Jogador técnico, é considerado o companheiro ideal para Marinho, cujo vigor físico é a principal característica. Polga é mantido no time, ao lado de Gavião. Com isso, o argentino Astrada permanece no banco.
A primeira vitória na competição, fora de casa, contra o Corinthians, não deu ao técnico do Grêmio a confiança que se poderia imaginar. Ele teme que a torcida encare a Ponte Preta – sensação da última rodada depois do gol de Marco Aurélio sobre o Atlético-MG, do outro lado de campo – como um adversário fraco e exija goleada, o que intranqüilizaria seu time.
´´A Ponte Preta conservou a mesma base do ano passado e tem jogadores perigosos, como Adriano, Macedo e Washington. A partida é perigosíssima´´, alerta o treinador.