Paris - Os dirigentes dos principais clubes de futebol da França disseram nesta terça-feira que, na eventualidade de as mudanças referentes à transferência de jogadores se confirmarem com o aval da Uefa, 80% das equipes do país campeão mundial e europeu de futebol podem ir à falência.
Reunidos com o novo presidente da Liga Nacional, Gérard Bourgoin, eles decidiram “lutar e endurecer em torno dos debates sobre o assunto”. Atualmente, os times franceses têm como principal fonte de renda as negociações milionárias de seus astros, que são exportados para clubes da Itália, Espanha e Inglaterra.
Caso sejam abolidos os valores abusivos de multas rescisórias, como quer a União Européia de Futebol, o atleta profissional terá maior liberdade para exercer o direito de trabalhar na equipe e país que julgar mais conveniente. Assim, transferências como as de Luís Figo (do Barcelona para o Real Madrid por US$ 57 milhões) e Hernán Crespo (do Parma para a Lazio) dificilmente voltariam a ocorrer.