Rio - A seqüência de resultados negativos do Gama na Copa João Havelange não atingiu apenas o técnico Wágner Benazzi, já substituído por Mauro Fernandes, treinador que vai estrear nesta quarta-feira, no jogo contra o Santa Cruz. O problema parece ter prejudicado também o relacionamento entre o atual presidente do clube, Wágner Marques, e o ex-presidente e atual secretário de Esportes do Distrito Federal, Agrício Braga. Eles se desentenderam publicamente após a derrota da equipe para o Internacional, no último sábado.
Agrício Braga é integrante do Conselho Deliberativo do Gama e afirmou que quer o clube jogando no Bezerrão, localizado na cidade-satélite do Gama. No entanto, Wágner Marques mantém a opinião de atuar no Estádio Mané Garrincha, à exceção das partidas contra o Santa Cruz e o Guarani.
Irritado com a posição de Wágner Marques, Agrício Braga chegou a ameaçá-lo, dizendo que se a diretoria do Gama teimar em fazer os jogos no Estádio Mané Garrincha vai fazer valer a condição de Secretário de Esportes e fechará o estádio do Plano Piloto, alegando a necessidade de reparar o gramado.
Além de Secretário de Esportes, Agrício Braga é deputado distrital e tem força junto ao gabinete do Governador Joaquim Roriz. Caso prevaleça o seu prestígio, Palmeiras, Atlético-MG, São Paulo, Santos e Flamengo terão de jogar no Bezerrão.