CAPA ESPORTES
 ÚLTIMAS
 FUTEBOL
 Últimas Notícias
 Copa JH
 Eliminatórias 2002
 Europeus
 Copa Mercosul
 Chance de Gol
 Estaduais
 Arquivo
 FÓRMULA 1
 AUTOMOBILISMO
 TÊNIS
 BASQUETE
 VÔLEI
 SURFE
 AVENTURA
 MAIS ESPORTES
 COLUNISTAS
 RESULTADOS
 AGENDA



 ESPECIAIS





 FALE COM A GENTE



 SHOPPING



Futebol
ÚLTIMAS NOTÍCIAS

"Estão me crucificando", diz Pena
Quarta-Feira, 06 Setembro de 2000, 00h26

São Paulo “Olha, gostaria que você escrevesse isso. De coração aberto, gostaria de pedir desculpas pela minha atitude e dizer aos torcedores que, cada vez que forem me xingar, que lembrem de um momento feliz que eu ajudei a dar a eles na minha passagem pelo clube.”

Foi assim que o atacante Pena terminou a sua entrevista. De um quarto de hotel no Porto, Pena falou sobre a sua saída conturbada do Palmeiras, a relação com os torcedores do Verdão e a necessidade de substituir o atacante Jardel no ataque do Porto e no coração dos torcedores do clube.

Sábado, contra a equipe do Passos Ferreira, pelo Campeonato Português, o jogador pode fazer sua primeira partida com a camisa da nova equipe. O atacante depende apenas da sua condição física. “Estou treinando, conhecendo os companheiros, mas ainda estou sem ritmo, Vamos ver até o final da semana se terei condições de jogar na partida de sábado.”

Depois daquele episódio no jogo contra o Internacional (o jogador pediu para os torcedores continuarem vaiando o time) você sumiu. Ninguém sabia do seu paradeiro. O que realmente aconteceu?

Pena: Para mim também foi complicado. Aconteceu aquele episódio triste e fui para a Bahia. Fiquei lá uma semana. Então, o Bernardo me ligou e disse para eu ir para a Espanha. Viajei e acabei sabendo dessa negociação. Esperava sair do Palmeiras somente no final do ano, mas não sou dono do meu passe. Para mim também foi uma surpresa.

Você acha que teria clima para continuar no Palmeiras depois do que aconteceu no jogo contra o Internacional?

P: Não sei. No momento acho que não. A torcida age muito com o coração. Eu gostaria de saber quem foi que nunca errou. Eles tiveram a chance do perdão e não me perdoaram. Sou humilde para reconhecer um erro. Essa é a maior grandeza do homem.

Mas se você não fosse negociado iria aparecer no clube?

P: Eu falei que na segunda (dia 28/8) eu me apresentava, às três horas da tarde. Porém, no domingo de manhã, eu recebi uma ligação do Bernardo, pedindo para viajar a Madri. Eu não tenho medo de homem, não devo a nada a ninguém e sempre ando com a cabeça erguida.

Você saiu magoado com alguém do clube ou com os torcedores do Palmeiras?

P: Magoado não, eu estou triste com alguns dirigentes da Mancha (Alviverde, torcida organizada do Verdão). Eu os considerava muito. Fico triste vendo uma torcida que eu aprendi a amar, falando isso sobre um erro que eu cometi. Quem são eles para julgarem alguém. Eles também erraram.

Contra o Universidad Católica, os torcedores cantaram "Ai que bom seria, se o Pena voltasse para a Bahia". Como se sente sabendo disso?

P: Eu fico triste. Sei que o Palmeiras não precisa do Pena, mas o Pena deu muito pelo clube. Estão me crucificando por um erro de dez segundos. Um ano de Palmeiras não é jogado fora desse jeito. Tenho muito orgulho de dizer que joguei pelo Palmeiras.

Os torcedores estão chateados porque, segundo eles, você jogou a camisa no chão e fez gestos obscenos. É verdade isso.

P: Eu quero que me provem que eu joguei a camisa no chão. Quando eu troquei a camisa com um jogador do Internacional (Pena não lembra com quem foi), uma caiu no chão, nem lembro se era a do Palmeiras. Jamais eu iria jogar a camisa de um time que só me deu alegrias, que me projetou no futebol. Eles estão pintando um Pena que não é o verdadeiro. Um ano de relacionamento, de disciplina e saí do clube com a imagem ruim. Por isso, estou chateado.

Você ainda têm notícias da equipe, sabe o que está acontecendo?

P: Eu estou longe, mas estou sabendo de tudo. Sempre ligo para o Neném e o Jorginho, para saber o que está acontecendo. Eu ainda estou vivendo o Palmeiras.

E o Porto? Como foram os seus primeiros dias na equipe?

P: Eu ainda estou conhecendo a rapaziada, mas tem muito jogador brasileiro aqui e isso ajuda na adaptação, principalmente, o Paulo Assunção(ex-jogador do Palmeiras, que está em Portugal desde junho). Minha família chega aqui quinta-feira. Enquanto isso, os diretores do clube me levam para conhecer a cidade para eu não me sentir tão sozinho.

E a responsabilidade de substituir o Jardel, que foi o artilheiro do time nas últimas temporadas e se tornou o maior ídolo dos torcedores. Como está encarando isso?

P: Acredito que não tem essa história de substituir o Jardel. Eu não sou tão de área quanto ele. É normal que a torcida pense isso, mas eu só quero ajudar o time.

Você acredita que irá conseguir fazer sucesso no futebol português e na Europa?

P: Eu vou brilhar muito.

L!Sportpress


Copyright© 1996 - 2000 TERRA. Todos os direitos reservados. All rights reserved.
Aviso Legal

 

 VEJA AINDA
Palmeiras
Com time B, Palmeiras já está em ritmo de férias
Paulo Turra diz que se ficar na reserva sai do Palmeiras
Palmeiras já está 133 dias sem vencer em casa
Fama de violentos mexe com palmeirenses
Veja lista completa