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Patrocinador da seleção motiva boicote aos Jogos
Quarta-Feira, 06 Setembro de 2000, 02h34

Ashmore (Austrália) – Ativistas ligados ao grupo identificado como Nike Watch vão promover uma campanha de boicote aos Jogos Olímpicos por todas as cidades em que estão previstas competições com atletas vinculados à empresa de material esportivo Nike, a patrocinadora oficial da seleção brasileira de futebol. Eles a acusam de explorar o trabalho de povos humildes da Indonésia, pagando-lhes o equivalente a 2 dólares (US$ 1,15) australianos por hora de trabalho.

Em entrevista por telefone com um dos coordenadores do movimento, Allan Walters, um estudante universitário de Melbourne de 23 anos, cuja atividade principal é reunir dados sobre a Nike, retirados da Internet, o que faz há mais de dois anos. Ele parecia bem informado sobre os investimentos da empresa no Brasil e assegurou que alguns integrantes do grupo vão fazer campanha pelo esvaziamento do torneio de futebol.

“Lutamos pela defesa dos direitos humanos e a Nike erra com sua política de utilizar mão de obra barata na Indonésia”, disse. Walters lembrou do nome de Ronaldo, da Inter de Milão, como um dos jogadores com a imagem associada à empresa. “Ele é uma boa pessoa, movido, infelizmente, pelos grandes interesses econômicos de seus patrocinadores.”

Nos últimos meses, a Nike tem sido mencionada em discursos do Congresso Nacional por deputados que defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o contrato de dez anos da empresa com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A iniciativa do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) ganhou força recentemente com o incentivo do senador José Roberto Arruda (PSDB-DF).

A Nike justifica-se ao informar que as campanhas para eliminar “sweatshops” (locais de trabalho onde os trabalhadores não têm condições dignas de trabalho) “estão focando o tema correto, mas acusando a empresa errada”.

A parceira da CBF afirma desenvolver um programa de melhoria contínua das condições de trabalho na indústria de produtos esportivos e atesta que mais de 500 mil pessoas fabricam produtos Nike em todo o mundo, com alguns cuidados, como o estabelecimento de idade mínima de trabalho de 18 anos para trabalhadores de fábricas de calçados e de 16 anos para os de vestuário.

Defesa – Por meio de nota oficial, a Nike acrescenta ainda que determina um aumento salarial em até 70% para os trabalhadores em início de carreira nas fábricas de calçados da Indonésia. O mais recente foi de 13,2%, efetuado em abril deste ano.

A Nike também informa que estabeleceu um programa de emprestimos na Indonésia, possibilitando às mulheres acesso a transaçoes financeiras e a capital inicial para desenvolver seus negócios. Esses empréstimos são usados para pequenos investimentos como criação de porcos e fabricação de papel-arroz, explica a empresa.

O Estado de S.Paulo


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