São Paulo - O primeiro impacto da desistência de Gustavo Kuerten de ir para a Olimpíada de Sydney foi um corte de R$ 1,8 milhão no investimento do Banco do Brasil - um dos principais patrocinadores do tenista - em seus planos de marketing para Sydney. O pior ainda virá. No próximo ano, o BB vai tirar o pé do acelarador em seu programa Tênis Brasil, que vem abrindo as portas para a popularização do esporte do País, com diversas ações como escolinhas, torneios e patrocínios.
Um dos maiores responsáveis pelo sucesso do projeto até agora, Renato Naegele, consultor-técnico do BB em Brasília, definiu bem o que será uma das sérias consequências desta intransigência dos dirigentes em não acertarem um acordo para ter Guga na Olimpíada.
"O programa Tênis Brasil este ano continua normalmente", disse. "Mas para 2001 é como se tivéssemos perdido o apetite para novas ações", prosseguiu. "Vai ser mais devagar."
Competente em suas estratégias, Naegele sabe das diferenças de ter um atleta olímpico como patrocinado. Se Guga fosse para Sydney estaria lutando por medalhas ao lado de outros jogadores do Banco do Brasil que atuam no vôlei e no vôlei de praia.
Tanto é que independentemente do que o vôlei brasileiro fizer em Sydney, a modalidade vai continuar com o apoio do BB. Naegele já adiantou que está praticamente fechado um novo contrato de 2001 a 2004.
O Estado de S.Paulo