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Simulação agrada triatletas brasileiros
Domingo, 10 Setembro de 2000, 17h07

Sydney - A simulação da competição de triatlo na Olimpíada de Sydney serviu para motivar a equipe brasileira, que vai lutar por uma medalha na modalidade, que faz sua estréia nos Jogos. Todos os seis atletas que vão representar o país - Leandro Macedo, Juracy Moreira, Armando Barcellos, Sandra Soldan, Mariana Ohata e Carla Moreno - participaram das atividades de natação, ciclismo e corrida nas proximidades do Opera House, o cartão postal da cidade.

Carla Moreno saiu animada. Durante a simulação, Carla chegou a ficar em segundo lugar na natação. O resultado, segundo ela, não pode ser considerado como prévia para a disputa olímpica. "Mas o importante é que estava levinha, os movimentos saíram fáceis, sem que eu fizesse muito esforço", diz a triatleta. Assim como o restante dos brasileiros ela completou toda a prova de natação, mas fez apenas parte da de ciclismo e de corrida.

Mariana Ohata teve problemas com a roupa de borracha, muito apertada, que dificultava seus movimentos. A questão foi resolvida com a troca do material para um modelo um pouco maior. Sandra Soldan participou da simulação e não teve dificuldades.

Para Juracy Moreira, a prova foi importante para superar um trauma: a subida inicial da prova de ciclismo. O triatleta acabou desistindo da disputa da Copa do Mundo ao não conseguir um bom desempenho no local. Na simulação, ele não voltou a sentir a dificuldade e fez quatro voltas, duas em ritmo forte. Para Leandro Macedo, a simulação foi a oportunidade de conhecer o percurso da prova, uma vez que o triatleta não participou da Copa do Mundo. "É um circuito bastante técnico, mas que exige muito preparo físico", diz. "Acredito que poderei ter um bom desempenho."

Segundo o técnico da seleção brasileira, Marcos Paulo Reis, o percurso não traz segredos para a equipe. "Existiam alguns pontos de risco de acidentes, como a curva próxima da linha de chegada que quando chovia ficava escorregadia, mas a área foi coberta com um carpete que impede a derrapagem."

A cobertura também será usada na área de largada e na de transição da natação para o ciclismo. A maior preocupação dos triatletas é uma curva, na pista de ciclismo que traz uma inclinação negativa e pode fazer com que algum triatleta saia fora da pista. "Quase escapei por ali", afirmou Carla.

Vestindo um agasalho da equipe brasileira de triatlo, o presidente da União Internacional de Triatlo (ITU), Les McDonald, acompanhou a simulação e afirmou que os brasileiros tem chances de medalhas. "Mariana é uma competidora com boas chances e Leandro, por sua experiência também pode surpreender os favoritos."

Satisfeito por ter conseguido fazer com que o esporte se tornasse olímpico, o dirigente diz que a próxima meta é aumentar o número de países que praticam o esporte. "Quero que todos os países, mesmo os mais pobres, tenham condições de ter competidores."

Agência Estado


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