Belo Horizonte - Recuperado de uma contratura muscular na coxa direita, o armador Ramon volta ao time do Atlético amanhã contra o San Lorenzo, da Argentina, no Mineirão, pela Copa Mercosul, para alívio do técnico Carlos Alberto Parreira, que lamentou a ausência do jogador nas últimas partidas. Ramon sofreu a contusão no primeiro tempo do jogo contra o Vasco, pela competição sul-americana, no dia 31 de agosto, quando o Atlético venceu o time carioca por 2 a 0.
Apesar da volta de Ramon, nem tudo é tranqüilidade para Parreira, já que Célio Silva e Gallo passaram a ser dúvidas. O zagueiro foi submetido a uma ultra-sonografia ontem e foi constatada fadiga muscular na sua coxa esquerda. Já o volante sofreu uma entorse no joelho direito na derrota de 2 a 1 para a Portuguesa, domingo, no Canindé, e passou por um exame de ressonância magnética.
“Célio Silva está com uma contusão muscular sem maior gravidade, enquanto Gallo também não apresenta nenhuma lesão mais profunda", disse o médico Danilo Gontijo. O armador Lincoln, que se recupera de uma entorse no joelho direito, também será reexaminado hoje, mas não enfrenta o San Lorenzo. Ele poderá voltar ao time contra o Fluminense, sábado, no Mineirão, pela Copa João Havelange. Por isso, Caíco, que foi poupado do treino de ontem por causa de uma cirurgia dentária, continua na equipe.
O atacante Valdir “Bigode" também continua em tratamento. Ele sofreu uma forte entorse no tornozelo esquerdo contra o Flamengo e será avaliado hoje novamente.
A irregularidade do Atlético também preocupa os jogadores. Para o artilheiro Guilherme, o time não pode continuar alternando bons e maus momentos. Segundo ele, é preciso manter uma regularidade, como vem acontecendo na Copa Mercosul. O atacante diz que não há explicação para o problema e nem tenta buscar uma justificativa. Para ele, Ramon e Lincoln fazem falta à equipe.
“Os substitutos têm dado conta do recado, mas não possuem as mesmas características de Lincoln e Ramon. Além disso, falta entrosamento", disse Guilherme. De acordo com o atacante, o Atlético dominou a Portuguesa, mas esbarrou nos próprios erros. “No primeiro tempo, dominamos a partida e fizemos o time deles correr. No segundo, houve um descuido", afirmou Guilherme, que teve o gol atribuído a ele pelo árbitro carioca Álvaro Quelhas. No cruzamento de Mancine, ele chutou o pé do zagueiro Émerson e a bola surpreendeu o goleiro Roger.
Na opinião de Guilherme, com o time completo, o Atlético tem condições de enfrentar qualquer adversário de igual para igual. “Contra o San Lorenzo, vamos entrar em campo com o coração no bico da chuteira", garantiu.
Para o goleiro Kléber, a derrota para a Portuguesa aconteceu porque o time relaxou durante o jogo. “Isso não acorre sempre. Todo mundo tem que estar ligado o tempo todo. Dentro de uma proporcionalidade no futebol, sete jogadores correm por três, mas seis já não correm por três", disse o goleiro. Ele não se considerou culpado nos dois gols de Irênio. O primeiro, disse, foi indefensável e, no segundo, teve a sua visão atrapalhada por Mancine.