São Paulo - Foram dias de expectativa, propostas, brigas judiciais, liminares e depósito em juízo. Na segunda-feira, no último capítulo da novela Rogério, o jogador foi apresentado como novo reforço do Timão. Para completar, só faltou mesmo a cena do beijo - o beijo na camisa.
“Não adianta dar beijo no escudo do time. O importante é saber honrar essa camisa”, disse Rogério.
A contratação de Rogério sempre foi a mais esperada pelo técnico Oswaldo Alvarez e aquela que o treinador considerava mais difícil. Toda a polêmica começou com a briga do atleta com o seu ex-time, o Palmeiras. Seu contrato terminou em 9 de julho e ele não entrou num acordo com os dirigentes do Parque Antarctica. Depois que seu passe foi arbitrado na Federação Paulista de Futebol, com um valor considerado alto (R$ 8,6 milhões), o atleta entrou na Justiça e ganhou passe livre. A liminar foi cassada, mas o Tribunal Superior do Trabalho determinou que o clube que pagasse R$ 3.400.800,00 ficaria com o jogador. O Corinthians depositou e contratou Rogério.
“Vim de uma batalha jurídica e estou realizando um sonho de infância, que era jogar pelo Corinthians. Agora, minha maior vontade é entrar em campo”, afirmou o volante, que será aproveitado como lateral-direito por Vadão e até já foi inscrito na Copa JH com a camisa 13, que era do lateral reserva Ângelo.
Porém, a briga judicial ainda promete, pelo menos, mais dois rounds. Como a quantia paga pelo Corinthians está em juízo e a questão do passe de Rogério não foi definida, o dinheiro ainda não tem destino. Se o atleta ganhar passe livre, fica com os R$ 3,4 milhões. Caso contrário, a quantia vai para o Palmeiras: “Espero que fique para o Rogério”, falou o ex-jogador Cláudio, empresário do novo reforço corintiano.
Outro ponto em questão é com relação aos valores. O Palmeiras ainda pode exigir a quantia estipulada inicialmente - R$ 8,6 milhões. “O Corinthians está sabendo de tudo isso, mas as possibilidades do preço do jogador aumentar são muito remotas. Isso é uma briga envolvendo apenas Rogério e Palmeiras”, disse Carlos Nujud, diretor de futebol do Timão.
Sem disputar uma partida desde 21 de junho, contra o Boca Juniors pela final da Libertadores, Rogério acha que precisará de dez dias para recuperar a forma e estrear.