Samaranch vive um momento difícil à frente do COI. Nesta terça-feira, o colunista australiano Piers Akerman, do Sydney’s Daily Telegraph classificou o presidente do COI de “antigo partidário do fascista Francisco Franco - ex-presidente espanhol que implementou um ferrenho regime ditatorial durante 39 anos, de 1936 até 1975.”

Como se não bastassem as críticas, Samaranch, durante fala na sessão do COI, reclamou do governo da Indonésia por não ter atendido um pedido da entidade, enviado por ele próprio, em abril deste ano, ao presidente Abdurrahman Wahid.

O ofício continha, em tom arrogante, a solicitação de liberação do membro do COI, Mohamed Hasan, acusado de corrupção e destruição do meio ambiente na gestão do então presidente Suharto, deposto pelo mesmo motivo, em 1998. Hasan é suspeito de desviar US$ 87 milhões.

Na cidade indonésia de Jacarta, o chefe do Estado-Maior, Marzuki Darusman, classificou o pedido de “um tanto estranho”. “Esse tipo de atitude contradiz com o espírito olímpico”, comentou a autoridade local. Hasan vai ser julgado no próximo dia 20 de setembro.

O vice-presidente do COI, Richard Pound, qualificou o procedimento de Samaranch como normal e devidamente previsto na Carta Olímpica - que recomenda todos os membros presentes nas assembléias.

A reunião termina no próximo dia 13, com eleições gerais para vice-presidente. O alemão Thomas Bach enfrenta o japonês Chiharu Igava. Também vão serão empossados mais 14 membros, aumentando para um total de 127.