Sydney - A única preocupação de Robert
Scheidt antes dos Jogos Olímpicos é com o vento em Rushcutters Bay. As
inconstantes rajadas que cortam o ar de Sydney fizeram até a equipe
brasileira contratar os serviços do meteorologista canadense Doug Charko.
"O Doug passou para nós que 50% dos ventos estariam vindo do quadrante
oeste nesta época e é isso que estamos constatando na prática", atestou
Scheidt, que esteve competindo e treinando em Sydney diversas vezes nos
últimos dois anos: "Este setembro está diferente dos de 98 e 99, quando
estive nas regatas pré-olímpicas. Está diferente até do mês passado, quando
estive treinando e o vento foi fraco todo dia. Agora está ventando forte e
isso é até bom, porque gosto dessas condições. Nessa situação conta muito a
intuição. Às vezes você tem de ver no mar, reconhecendo pelas zonas em que a
água está mais escura, para saber de onde o vento está vindo", analisou.
Com as frente frias da cidade nos últimos dez dias, as rajadas têm variado
na média de 20 a 25 nós (cerca de 40km/h), com um pico de 47 (quase 85km/h). "Essa intensidade nos surpreendeu. Mas hoje todos os melhores velejadores
competem bem em vento fraco ou forte", disse ele.