Sydney - Começa na sexta-feira a Olimpíada de Sydney. Quase todas as pessoas do planeta com acesso à televisão estarão sintonizadas na festa. São esperados 3,7 bilhões de espectadores em todo o mundo.
"Será a cerimônia de abertura mais extraordinária de todos os tempos", disse o mestre de cerimônias, Ric Birch.
Sydney sediará uma Olimpíada que verá as Coréias do Sul e do Norte marchando sob a mesma bandeira e a pequena equipe de quatro atletas do Timor Leste como uma das maiores atrações da noite.
Mas a cerimônia será puro showbusiness, a plataforma global ideal para a Austrália, apaixonada por esportes, mostrar sua cultura ao mundo num estádio de 110 mil lugares que poderia enfileirar quatro jumbos em seu gramado.
A apresentação terá 12.700 participantes e uma banda de 2.000 membros. A cultura aborígene do povo indígena da Austrália, que chegou 40 mil anos antes dos homens brancos, não será esquecida. Uma garota aborígene vai parecer flutuar sobre o palco.
Olivia Newton-John, que estrelou no musical "Grease", com John Travolta, na década de 70, deve fazer uma parceria com o astro australiano John Farnham. "Cantei para o Papa, o presidente Bill Clinton...e agora nas Olimpíadas", disse. "É de longe a maior coisa que eu já fiz".
Muhammad Ali, um dos mais amados esportistas do século, eletrizou o mundo em Atlanta quando se dirigiu trêmulo e lento à pira onde acendeu a chama olímpica. Sydney pode fornecer outro momento de emoção: a heroína olímpica australiana Betty Cuthbert, agora numa cadeira de rodas com esclerose múltipla, é a favorita para acender a pira. A lenda da natação, Dawn Fraser, também está cotada. A pessoa escolhida, no entanto, será mantida em segredo até o último minuto.