Rio de Janeiro - O técnico do Brasil, Wanderley Luxumburgo, trazia "malotes cheios de dólares" para o apartamento que dividia com sua ex-assistente e antiga testa-de-ferro, Renata Alves, denunciou ela própria em entrevista, quarta-feira no Rio.
Renata, que trabalhou para Luxemburgo entre 93 e 96 quando ele treinava o Palmeiras, também mostrou uma agenda comum em que figuram os nomes de 37 jogadores com os respectivos valores em dólares.
Renata não revelou os nomes dos jogadores, nem se Luxemburgo lucrou com as transferências, alegando que "não entende nada de futebol". Mas foi afirmativa ao confirmar que os nomes de Elivelton, Zinho, Mazinho e Edilson estavam na agenda.
Ela ocupou as manchetes dos jornais há três semanas, quando denunciou que Luxemburgo, de quem ela fiz que foi amante, tinha sonegado impostos ao utilizá-la para comprar bens, que não declarava e vendia com preços maiores, o que está sendo investigado pela Receita Federal.
"Estou aqui para limpar meu nome, para salvar minha honra", explicou Alves com a voz entrecortada para a imprensa estrangeira. A maioria das "novas revelações" do polêmico caso não estão documentas e foram relatadas com expressões inconsistentes como "não sei" e "está em mãos de meus advogados".
Chamada pela imprensa de "amante despeitada", Alves também exige uma indenização pelo tempo que trabalhou para Luxemburgo e garante não ter cobrado qualquer honorário. Em primeira instância, ela ganhou uma ação trabalhista. Os advogados do técnico recorreram da sentença.