Sydney - O vôlei feminino brasileiro passou por uma reformulação forçada nos últimos anos, e a prova de fogo para algumas jogadoras jovens será justamente a Olimpíada de Sydney, o evento esportivo mais importante do calendário internacional.
Érika, Elisângela e Walewska, três atletas que deixaram há pouco tempo a adolescência, encaram o desafio de representar o país com naturalidade.
"Sou imatura e tenho muito ainda o que aprender", diz a mineira Érika, de 20 anos, bicampeã brasileira com o Rexona, do Paraná. "Tento jogar da melhor forma possível, sempre com seriedade e responsabilidade."
A paranaense Elisângela, de 21 anos, segue a mesma receita de Érika, companheira de time no Rexona. Na segunda temporada na seleção, ela ganhou uma vaga no time titular durante a disputa do Grand Prix da Ásia.
Antes disso, a atacante já havia conquistado a confiança do técnico Bernardinho. Ela foi um dos destaques do Brasil, por exemplo, na vitória contra Cuba na decisão da medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no ano passado.
"Sou privilegiada fisicamente e sei tirar proveito da minha força no ataque", observa. "Mas tenho muitas limitações, que só com o tempo vou conseguir superá-las."
A meio-de-rede Walewska, de 20 anos, é outro destaque da nova geração. Com 1,90 metro, é uma jogadora rápida no ataque e no bloqueio. "O nosso segredo é ouvir o treinador e tentar fazer na quadra tudo o que ele pede", diz a jogadora mineira, que tem a ex-atacante Ana Moser como ídolo. "Cada uma fazendo a sua parte, o grupo só tem a ganhar."