CAPA ESPORTES
  CAPA SYDNEY
  ÚLTIMAS NOTÍCIAS
  RESULTADOS
  QUADRO DE MEDALHAS
  HISTÓRIA
  BRASILEIROS
  CALENDÁRIO
  MODALIDADES
  SEDES
  MEDALHAS
  GUIA SYDNEY
 

.






















NOTÍCIAS
 
Estilo aeromoça domina o guarda-roupa olímpico
Sexta-feira, 15 Setembro de 2000, 16h46

Sydney - O figurino dos atletas nas festas de abertura das Olimpíadas vem ficando mais casual ao longo dos anos, mas a síndrome da aeromoça ainda não abandonou as atletas.

É um traje com saias retas que, para pernas musculosas como as delas, acaba ficando totalmente inadequado. Em cores claras, pior ainda. As brasileiras, por exemplo, pareciam um tanto desengonçadas ao ter que lidar com suas saias apertadas na cor creme, uma bolsa totalmente inútil e um xale nos ombros. O sapato baixo de amarrar podia ser confortável, mas tirou todo o charme do conjunto.

Dentre os que fizeram apostas infelizes destacam-se a Itália, com suas calças coloridas que pareciam ter saído diretamente de um circo. A delegação de Bermudas exibiu atletas em indefectíveis bermudas vermelhas e meias pretas até a altura do tornozelo, que poderiam ser adotadas no Flamengo. E a Suíça adotou jaquetas cinzas, golas e bonés vermelhos capazes de fazer sua delegação se confundir tranqüilamente com uma equipe de frentistas.

Também merecem citação de catástrofe fashion os blazers turquesa quadriculados da Guatemala, os casacos e viseiras acetinados da Letônia, os leques e faixas na cintura nas cores amarelo, vermelho e branco, da Espanha e os vestidos longos de veludo verde escuro e gola rendada do Turcomenistão - mas no Turcomenistão ninguém deve ter reparado muito mesmo, já que os olhos se voltaram totalmente para a megafenda lateral de uma das atletas.

Outros acabaram pecando pela caretice. Os Estados Unidos são um bom exemplo de conservadorismo. Os jaquetões vermelhos com saias azuis até a altura do joelho vestiriam bem senhoras sexagenárias, mas não jovens atletas. Era um modelito com botões dourados digno de fazer Chanel se revirar na tumba. A Polônia, a Romênia e as Antilhas holandesas também optaram por não arriscar, usando ternos e tailleurs sóbrios e de cores escuras.

Houve os que se destacaram pelos toques étnicos, numa espécie de atitude afirmativa. Desfilaram sarongues, batas, turbantes multicoloridos e até mantos de estilo budista. É o caso da maioria dos países asiáticos, africanos e do Oriente Médio. Tradicionalmente discreto, o Japão inovou desta vez trazendo capas com as cores do arco-íris. Os atletas se divertiram, mas houve gente na platéia disposta a avisar o pessoal do sol nascente que o show de abertura tinha acabado meia hora antes.

A Austrália, obviamente a delegação mais aplaudida da noite, apresentou um uniforme bastante informal porém fez uma combinação de cores meio esquisita - ferrugem, verde oliva e amarelo mostarda.

Mas nem tudo foi desastroso no maior espetáculo da Terra. Israel apareceu elegante com uma jaqueta azul marinho combinada com peças brancas, um estilo despojado que lembrava o dos marinheiros. O sapato na cor camelo completou o figurino casual-chique. Os atletas de França e Portugal também estavam discretos e confortáveis.

A Argentina preferiu não arriscar, mas sobressaiu com uma combinação infalível: blazer azul marinho, calça cáqui e camisa azul celeste. Os noruegueses confiaram nas modelagens molengas e ficaram elegantérrimos num look total na cor gelo, com um mantô igual para homens e mulheres.

Antenadíssimos, os representantes da minúscula San Marino são fortes candidatos a levar o prêmio fashion da noite. Os homens apresentaram ternos de boa alfaiataria ajustados ao contorno do corpo, calças sem pregas de barra afunilada, sapatos marrons e gravatas listradas. Até mesmo Paul Smith, o papa da moda masculina inglesa, aplaudiria.

Reuters

Copyright© 1996 - 2000 TERRA. Todos os direitos reservados. All rights reserved.
Aviso Legal

SHOPPING


VEJA AINDA

Histórias Inusitadas