Corinthians completa um mês sem vitória
Sexta-feira, 15 Setembro de 2000, 19h35
Atualizada: Sexta-feira, 15 Setembro de 2000, 19h36
São Paulo - A marca que o Corinthians atinge neste sábado não é nada agradável para os dirigentes, jogadores, comissão técnica e torcedores do clube. O Alvinegro completa um mês sem vencer. O técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, atribui a fase do Corinthians como falta de sorte. "Um urubu entrou na turbina do nosso avião", diz o treinador, ao tentar explicar os problemas que impedem o time de "decolar", sem turbulência.
O jogo contra o Coritiba, neste domingo, em Curitiba, pela Copa João Havelange, será outra oportunidade para o Alvinegro recuperar-se. Mas, novamente, o treinador será obrigado a fazer mudanças na equipe. O volante Rodrigo Pontes, suspenso com cinco cartões amarelos, vai desfalcar o time.
Os recém-contratados Müller, Djair e Rogério não farão a estréia domingo. Marcelinho Carioca, Edu e Márcio Costa, todos ainda sob tratamento médico, continuarão fora do time. O mesmo ocorre com Luizão e Batata, que foram submetidos a cirurgia na quarta-feira e levarão cerca de um mês para se recuperar.
O treinador, no entanto, começa a sonhar com o dia em que terá à disposição a maioria dos principais jogadores. "Acho que na partida contra a Ponte (dia 24) o time estará quase completo", diz Vadão, com esperança. "A partir daí poderemos montar a equipe do jeito que pretendemos."
O treinador faz mistérios sobre a escalação do time. Ele pode adotar novamente o esquema 3-5-2, como fez no empate por 1 a 1 contra o Nacional, pela Copa Mercosul, competição da qual a equipe foi eliminada antecipadamente.
Nesse caso, o zagueiro Adílson, de novo, entraria como líbero para atuar na frente dos zagueiros Fábio Luciano e João Carlos. A outra opção é tirar Adílson, substituindo-o por Luís Mário. Com isso, a equipe jogaria no esquema tradicional 4-4-2. "Quanto mais confundir o adversário será melhor."
Oswaldo fez questão de ressaltar que os boatos sobre sua saída do Corinthians, caso o time sofra outro tropeço, não o abala. "Esse tipo de coisas é normal, porque o time não está bem", admitiu o técnico. "Eu ficaria triste se a equipe estivesse em primeiro ou em segundo."
A última vitória corintiana ocorreu sobre o arquinimigo Palmeiras, dia 16 agosto, por 1 a 0, no Morumbi, pela Copa João Havelange, gol marcado por Gil, que havia entrado no segundo tempo no lugar de Luizão. São sete jogos, considerando também a Copa Mercosul: três empates (Botafogo, Vitória e Nacional, todos por 1 a 1) e quatro derrotas (Olímpia, 2 a 1, Grêmio, 2 a 1, Santos 3 a 0, e Atlético-MG 3 a 1).
Nesta sexta pela manhã, o técnico não pôde realizar o treino, no Parque São Jorge, da maneira como pretendia. Sua intenção era comandar um coletivo até para que pudesse definir a escalação da equipe. Mas alegando que alguns jogadores ainda sentem o efeito do excesso de partidas, ele optou por um treino tático. Dinei e Fábio Luciano foram poupados.
O volante Djair, contratado do Botafogo, ratificou após o treino que realmente não tem condição para enfrentar o Coritiba. Oswaldo tinha esperança que pudesse contar pelo menos com o reforço desse jogador. Mas Djair preferiu esperar mais alguns dias para estrear. "Ainda não estou bem", afirmou o volante. "Por causa do tempo que fiquei
parado, sinto dores musculares; acho que mais uma semana de treinos será ideal para eu recuperar a forma."
Agência Estado
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