Santos - Depois de uma semana tensa e de um empate em Porto Alegre contra o Internacional, o Santos precisa de uma vitória quarta-feira, contra o Atlético-PR para apagar de vez a crise de relacionamento entre o grupo de jogadores e técnico Giba, agravada depois do afastamento do zagueiro Márcio Santos.
No grupo de jogadores, as últimas arestas entre Edmundo e Dodô foram apagadas. Edmundo comentou que, "para não ir muito longe, os três últimos gols da equipe saíram de jogadas entre nós dois". O artilheiro do time fez questão de atribuir a crise a divergências de empresários de tevê e oposicionistas à atual diretoria. "É coisa do canal de tevê rival", disse ele, referindo-se ao fato de a Universidade da família de Marcelo Teixeira ter um canal próprio de televisão.
O jogador fala ainda dos opositores e lembra que clubes paulistas rivais também se interessam numa crise no Santos para esconder a má campanha que têm no campeonato.
Enquanto isso, o técnico Giba vai procurar nesta semana melhorar o clima na Vila Belmiro, pois sabe que um resultado negativo quarta-feira contra o Atlético-PR pode complicar ainda mais as coisas, mesmo com seu time sendo o melhor entre os clubes paulistas na Copa João Havelange.
Ele poderá contar com o retorno de Robert, que cumpriu suspensão automática, ao meio-de-campo e deverá conversar com os médicos nesta segunda-feira para saber o estado do quarto zagueiro Claudiomiro, que deixou o campo sábado com uma torção no joelho esquerdo. Ele poderá também promover a volta do lateral-direito Michel, já que Wellington não teve uma boa atuação em Porto Alegre.
Claudiomiro também espera a reapresentação desta segunda-feira para saber de seu estado. No sábado, ele fez tratamento intensivo. Revelou que sentiu uma dor muito forte no lance em que acabou segurando a bola com a mão. "Eu cai em cima da bola e a dor era tão forte que nem sabia o que estava fazendo", comentou o atleta relatando a jogada que os gaúchos entenderam como pênalti, não marcado pelo árbitro Luciano Almeida.
O empate por um gol contra o Internacional foi considerado até um bom resultado, mas o plano era mesmo de conseguir uma vitória. "A gente sabia que não podia abrir espaço, demos e perdemos a chance de sair com uma vitória", lamentou o atacante Dodô. Seu companheiro Edmundo foi mais além: "Como resultado, não foi ruim, mas como o time acabou o primeiro tempo vencendo, sempre fica um sabor de derrota".
Com oito gols, Edmundo é o melhor do Santos na artilharia e acha que o time precisa vencer o jogo contra o Atlético-PR para respirar mais aliviado. Lamentou também que gols como o de Dênis, em que a trajetória da bola foi desviada de Pitarelli depois de tocar na cabeça de Renato, estejam acontecendo com muita freqüência. "Gols como esse não acontecem toda hora e, enquanto não temos tido sorte de marcar desse jeito, estamos sempre tomando gols assim".