Belo Horizonte - Na busca de uma resposta à má fase
na Copa João Havelange, o condicionamento físico dos jogadores do
Atlético-MG chegou a ser questionado. Na segunda-feira os atletas,
literalmente, deram sangue pela equipe. Divididos em dois grupos fizeram
teste de lactato. O exame consiste na análise sanguínea de cada jogador. Por
meio do resultado, mostrado pelo espectrofotômetro de lactato, é possível
analisar a taxa de ácido láctico produzida pelo organismo, e,
conseqüentemente, avaliar o preparo físico do grupo. A conclusão de Luciano
Sales, fisiologista, e Rodolfo Mehl, preparador físico, é que o
condicionamento do grupo evoluiu em relação ao mesmo teste que foi realizado
no início da temporada.
´´ Quem está dizendo que a equipe está sem preparo físico não entende nada. O
grupo está afinado fisicamente, o teste mostra isso´´, disse Mehl, que acha
que o problema pode ser técnico, de um ou outro jogador.
Rodolfo Mehl fez questão de deixar claro que os exames não têm nenhuma
relação com as críticas.
´´É um exame que já estava programado. Como tínhamos a semana de folga,
resolvemos fazê-lo agora.´´
Então qual é o problema? Segundo os jogadores, a fase atual não tem nada
haver com a torcida e muito menos com a falta de pagamento em dia.
´´Entramos em campo com alegria. Temos prazer em jogar. A torcida tem todo o
direito de não gostar do que está vendo em campo. Não acredito que ninguém
no elenco esteja fazendo corpo mole por causa dos salários atrasados´´, disse
o goleiro Kleber.