Rio - Zagallo achou justa a vitória da seleção brasileira (1 a 0) sobre o Japão, nesta quarta-feira em Brisbane, mas fez restrições à atuação do time, que garantiu a classificação para as quartas-de-final dos Jogos de Sydney. Ele afirmou que a equipe do técnico Wanderley Luxemburgo atuou bem apenas no primeiro tempo.
“O Brasil mereceu vencer pelo que realizou no primeiro tempo, quando poderia ter feito mais gols. No entanto, no segundo, caiu de produção. A equipe voltou marcando meia pressão e o Japão partiu para o ataque. Eles gostaram do jogo e deram trabalho. Neste período da partida, a rigor tivemos apenas uma oportunidade, com o Alex”, declarou Zagallo.
O antecessor de Wanderley Luxemburgo lembrou que a seleção brasileira novamente caiu de produção no segundo tempo, a exemplo do que havia acontecido na derrota por 3 a 1 para a África do Sul, no domingo passado. Apesar deste detalhe, Zagallo está confiante que seja possível lutar por uma medalha.
Zagallo só evitou dar opinião sobre o próximo adversário do Brasil, a seleção de Camarões. “Não conheço esta equipe. Nem sei se tem o mesmo estilo da África do Sul. No entanto, seja qual for o estilo da seleção de Camarões, o importante vai ser a seleção brasileira jogar com personalidade. Buscar o ataque e impor o ritmo de jogo”.
O treinador só parece preocupado com o desfalque de Edu, que recebeu o segundo cartão amarelo e vai ter que cumprir suspensão automática no jogo do próximo sábado, contra Camarões, pelas quartas-de-final.
“A seleção brasileira perdeu uma peça importantíssima. O Edu tem atuado bem em todas as partidas. A exceção foi essa, contra o Japão. Talvez por causa da pancada na cabeça. O problema é encontrar um substituto para ele”.
Com relação à seleção feminina, Zagallo considera a tarefa mais difícil, porque terá como adversária, nas semifinais, os Estados Unidos.
“Não tenho acompanhado o torneio feminino porque os jogos são de madrugada. No entanto, vi os melhores momentos de diversas partidas e pude verificar que o Brasil terá um jogo muito complicado. Os Estados Unidos têm uma seleção muito forte. Mas não existe impossível no futebol. Se a África do Sul nos derrotou no masculino, por que não podemos derrotar os Estados Unidos no feminino?”