Rio - Para o ex-técnico da seleção brasileira de futebol, Zagallo, a derrota da equipe brasileira diante da seleção da África do Sul pode ser explicada pela forte marcação apresentada pelo adversário. "O Brasil foi surpreendido pela maneira como os africanos jogaram", disse Zagallo. "Eles fizeram uma marcação por pressão tanto em bola parada como em movimento", afirmou.
Segundo ele, a substituição do meia Geovanni por Mozart, no 2º tempo, descontrolou o time. "O técnico teve boa intenção, mas a seleção se perdeu completamente", destacou o ex-técnico da seleção.
Apesar da derrota, Zagallo acredita que a seleção olímpica tem chances de vencer o Japão, no jogo da próxima quarta-feira. "Gostei da seleção, porque mesmo na derrota, estava bem", frisou Zagallo. "Ela teve a infelicidade de não marcar, mas acredito na equipe diante do Japão", disse.
Outro ex-técnico da seleção brasileira, Sebastião Lazaroni, também culpou a marcação sobre pressão pela derrota da seleção olímpica. "A seleção africana saiu numa pressão, marcando forte e chegando a ser faltosa", avaliou Lazaroni. "O primeiro tempo houve uma igualdade entre as duas equipes, mas no segundo tempo, os sul-africanos dominaram completamente a partida", comparou o técnico, Para ele, maior dificuldade do Brasil também foi vencer a marcação do adversário.
"Precisamos melhorar a nossa produção, sabendo sair destas situações", afirmou Lazaroni. Já o ex-jogador e campeão da Copa de 70, Jairzinho, disse que derrota do Brasil foi acidental. "Perdemos pelos erros de Luxemburgo", ressaltou Jairzinho referindo-se às substituições feitas pelo técnico da seleção durante a partida.
"O Brasil começou bem, mas no segundo tempo ficou perdido", destacou o ex-jogador. Ele criticou o esquema tático de Luxemburgo. "O Wanderley joga um futebol de certo risco, muito ofensivo, mas com poucos jogadores marcando", analisou Jairzinho. "O Brasil precisa lembrar que o Japão já está classificado", alertou o ex-jogador.