Sydney - Com a vantagem de estar em sincronia desde a barriga da mãe, as gêmeas Isabela e Carolina de Moraes, que formam o dueto brasileiro, iniciam, neste domingo, a aventura olímpica no Centro Aquático de Sydney. Sempre com fundo musical brasileiro, Isabela e Carolina tentam ficar entre os 12 duetos que fazem a final do dia 26.
“O nosso objetivo é chegar à final”, disse a treinadora Andréa Curi. “Porém, vendo todas as meninas treinar aqui em Sydney, dá para sonhar em ficar entre os 10 primeiros.”
A natação sincronizada estreou nos Jogos Olímpicos em Los Angeles-84. As irmãs Paula e Tessa Carvalho participaram da competição, ficando em 13º lugar. A melhor colocação de um dueto brasileiro foi nos Jogos seguintes, Seul-88. Erica MacDavid e Eva Riera foram as 12ª colocadas na classificação geral. Já em 1992, em Barcelona, Cristina Lobo e Fernanda Camargo ficaram com a 15ª colocação. Em Atlanta, 1996, o Brasil não classificou nenhum dueto.
Para obter uma boa classificação, as gêmeas recorreram às palestras do consultor Roberto Shinyashiki. “Estamos fazendo um trabalho de mentalização com o Shinyashiki que está nos deixando muito concentradas e confiantes”, afirmou Carolina de Moraes.
O primeiro dia de competição, 24 de setembro, a partir das 14h, é dedicado à rotina técnica. Cada dueto deve executar movimentos obrigatórios em uma ordem já estabelecida, em 2 minutos e 20 segundos, com 10 segundos de tolerância. Nesse dia, as gêmeas do Brasil se apresentam ao som de um instrumental feito pelos Novos Baianos.
No dia 25, às 17h, os duetos voltam à piscina do Centro Aquático de Sydney para a rotina livre, onde cada dupla faz a coreografia que quiser, em 4 minutos, com 15 segundos de tolerância. O Brasil se apresenta com fundo musical especialmente produzido pelo tropicalista Tom Zé. “Estou muito animada e acreditando em uma final. Por toda a nossa preparação e pelo que a gente tem visto nos treinos, acho que vai dar”, disse Carolina.
Os 12 duetos mais bem classificados fazem a final. Para a classificação, calcula-se 35% da nota da rotina técnica mais 65% da rotina livre. Na final, que será realizada no dia 26 de setembro, às 14h, os duetos repetem a rotina livre. O resultado final conta novamente 35% da rotina técnica, mais 65% da rotina livre final. “A gente tem maior facilidade na rotina livre, mas estamos muito bem preparadas na técnica também", disse Isabela de Moraes.
Os duetos favoritos para a conquista da medalha são Rússia, França e Japão. Canadá e Estados Unidos também têm boas chances de brigar por um lugar no pódio.