Sydney - As relações entre as equipes de natação dos Estados Unidos e da Holanda azedaram-se nesta quinta-feira, depois que o técnico holandês criticou as declarações feita por um colega norte-americano sobre a presença de doping nos Jogos de Sydney.
O diretor técnico da equipe holandesa, Ad Roskam, não gostou das insinuações feitas pelo chefe da equipe feminina dos Estados Unidos, Richard Quick.
``Não entendo pessoas que jogam acusações por aí, não entendo a razão disso'', disse Roskam. ``Não acho que técnicos ou representantes de federações que fazem essas coisas são leais. Não acho que são muito profissionais.''
Roskam disse que Quick deveria ter levado suas preocupações ao Comitê Olímpico Internacional (COI) ou à Federação Internacional de Natação (Fina).
Quick disse aos jornalistas que tinha dúvidas sobre algumas das performances obtidas nos Jogos. As declarações foram feitas pouco depois da vitória do holandês Pieter van den Hoogenband nos 100 metros livres e do estabelecimento de novo recorde mundial conseguido pela holandesa Inge de Bruijn nas semifinais também dos 100 metros livres.
``Não acho em absoluto que esta seja uma olimpíada livre de drogas'', disse. ``Não estou apontando o dedo para ninguém ou para algum país aqui, mas estou indo pela minha intuição.''
Apesar de Quick não ter citado nomes ou nacionalidades, a mídia imediatamente associou às declarações a Bruijn e Van den Hoogenband.
Perguntado se achava que Quick estava insinuando que sua equipe estava trapaceando, Roskan respondeu: ``Não posso imaginar que ele esteja se referindo à equipe holandesa. Performances excelentes acontecem em todos os times, então não sei o quê ele quer dizer com isso.''
Jacco Verhaeren, técnico de Bruijn e de Van den Hoogenband, também disse ter ficado chateado com os comentários.
``Acho que é um pouco de inveja'', disse. ``Sabemos que as pessoas'' estúpidas, especialmente pessoas da natação, especialmente técnicos que dizem isso, não deveriam estar aqui'', disse.