Sydney - O fato da seleção feminina de handebol ter gostado da derrota por 16 a 30 frente à Noruega não indica nenhum sinal de masoquismo das brasileiras. Jogando contra a atual campeã mundial, as meninas do Brasil ficaram contentes com o equilíbrio entre as equipes durante vários momentos do jogo, apesar do placar dilatado.
``O Brasil deixou uma boa impressão. Jogamos bem melhor do que tínhamos jogado contra a Áustria e em muitos momentos da partida elas foram obrigadas a se preocupar com o nosso ataque'', disse o técnico Digenal Cerqueira.
Para Digenal, os resultados contra equipes como Áustria e Dinamarca, o próximo adversário do Brasil, além da Noruega não significam muito. São partidas que a equipe do Brasil usa como um treino de luxo.
``Estamos preocupados com o cruzamento na segunda fase, que é eliminatória. Aposto uma caixa de cerveja que entre as quatro equipes da semifinal os times fortes da nossa chave (acima citados) ocuparão três vagas. Quero que o Brasil se prepare para uma surpresa contra a Coréia, que apesar de ser a primeira da outra chave tem um jogo de menos porte físico que é muito parecido com o nosso'', disse ele.
A goleira da seleção norueguesa, Heidi Tjugum, concorda com a análise dos brasileiros sobre o jogo desse sábado. ``O Brasil evoluiu muito desde o último campeonato mundial. Não estão errando tantas bolas como erravam antes e já começam a preocupar algumas equipes'', afirmou.
Para a goleira Chana, do Brasil, ``hoje (sábado) mostramos o ritmo parecido com o do nosso treino e pudemos enfrentá-las de igual para igual.''
``Nosso principal problema é que o ataque não consegue passar pelo bloqueio delas. Na parte defensiva jogamos bem. Com certeza vamos conseguir uma vaga na segunda fase e depois disso temos que estar com a cabeça fresca para produzir uma surpresa'', disse a atacante Valéria Oliveira.