Rio - O futebol brasileiro deverá sofrer completa investigação do que acontece nos bastidores dos clubes, federações e confederações a partir do próximo dia 5, com a instalação da CPI do Futebol. A maioria dos senadores é favorável também à CPI da CBF.
O senador José Roberto Arruda, do PFL/DF, é um dos maiores defensores da CPI e quer também que sejam investigados os contratos celebrados pela CBF com a Nike e outros patrocinadores da seleção brasileira.
A nova CPI será mais abrangente, já que se propõe a investigar não apenas os contratos da CBF com a multinacional Nike como os bastidores das entidades desportivas, configurando o montante dos débitos referentes aos encargos de cada um junto ao INSS, em relação ao FGTS e os contratos de compra e venda de jogadores. O objetivo é apurar uma possível sonegação de impostos nas transações.
Está em pauta o pedido de quebra de sigilo bancário de dirigentes, atletas e empresários, com o apoio da Receita Federal, do Banco Central e de outros órgãos governamentais.
Por débito com o INSS foi preso recentemente Onaireves Moura, presidente da Federação Paranaense de Futebol, atendendo a pedido do Ministério Público Federal. Apesar de ter sido liberado 22 dias depois, o dirigente continua respondendo a processo criminal na Justiça federal e poderá ser condenado a quatro anos de prisão.