Rio de Janeiro - O ex-jogador do Corinthians e da seleção brasileira Sócrates disse no sábado que não há mais clima para que o técnico Wanderley Luxemburgo continue na seleção de futebol do Brasil, depois do histórico vexame frente a Camarões, quando os africanos eliminaram o Brasil das Olimpíadas ao fazerem 1 a 0 na prorrogação, com dois jogadores a menos.
O ex-jogador disse, porém, em entrevista à Reuters, que somente a substituição de Luxemburgo não resolveria os problemas do Brasil no futebol masculino.
``Venha quem vier, não vai mudar em nada. Quem tem que sair é o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, para que haja uma mudança na estrutura do futebol brasileiro.''
Sócrates chegou a dizer que Luxemburgo é ``um bode expiatório de uma gestão ineficiente e incompetente'', referindo-se a Ricardo Teixeira.
Antonio Carlos, zagueiro do Roma da Itália e jogador da seleção principal, disse que, pelo que vinha apresentando o Brasil na rodada classificatória, a seleção não era a favorita.
Ele disse à Reuters que as equipes favoritas nas Olimpíadas eram Itália e Espanha, porque os ``jogadores atuam no próprio país de origem e portanto têm mais entrosamento''.
Antonio Carlos também afirmou que o técnico Wanderley Luxemburgo deveria ter levado três jogadores com mais de 23 anos, como permitia o regulamento do futebol olímpico.
``O Wanderley poderia ter contado com a experiência dos jogadores mais velhos em todos os setores do time, levando um zagueiro, um meio-campo e um atacante.''
Já Luiz Felipe Scolari, técnico do Cruzeiro, lamentou a eliminação do Brasil, mas não quis comentar o fato de ser um dos cotados para uma possível substituição de Luxemburgo.
``Até o momento não houve nenhum contato da CBF para comigo. No momento prefiro não me aprofundar nesse assunto'', disse Scolari.