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Argentina une raça e técnica no vôlei masculino
Terça-feira, 26 Setembro de 2000, 00h59

Sydney - Um jogo entre Brasil e Argentina, também no vôlei, vai muito além da técnica. Ganha contornos de paixão pela bandeira do país. O atacante Tande, da seleção brasileira, entende que mais que tudo, o ponto forte da Argentina é a “garra" com que joga contra o seu maior rival do continente. Os argentinos confiam no jogo de alguns atletas bem conhecidos dos brasileiros para tentar vencer nas quartas-de-final dos Jogos Olímpicos. Marcos Milincovic, que atuou na Olympikus, e agora tem contrato com o Sisley Treviso, da Itália, é o principal atacante do time. Hugo Conte, de 37 anos, jogador da geração de bronze - que ficou em terceiro no Mundial da Argentina, em 1982, e na Olimpíada de Seul, em 1988, é como um pilar da equipe. O terceiro jogador importante também atua no Brasil. É o levantador Weber, que disputou a última Superliga pela Ulbra e agora assinou contrato com o vice-campeão brasileiro Unisul.

Essa é a melhor seleção de vôlei da Argentina nos últimos anos, depois de ter dispensado alguns jogadores mais velhos que não estavam mais motivados e abrir espaço para os mais jovens que necessitavam de espaço e tranqüilidade.

"O Milinkovic é um grande jogador, o Conte oferece sua experiência e o levantador Weber, é a máquina da equipe, distribui muito bem as jogadas", analisa o atacante Tande. "É uma equipe que vem crescendo muito desde o ano passado." O Brasil sofreu para ganhar o último confronto contra os rivais. Foi no Pré-Olímpico do continente Sul-Americano, jogando em São Caetano do Sul, com o apoio da torcida. Os brasileiros venceram por 3 sets a 2 para ficar com a vaga olímpica.

Mas o time do técnico Mario Daniel Goijman foi buscar a sua vaga em uma das três repescagens mundiais, em Portugal. Nos Jogos de Sydney, a Argentina venceu os Estados Unidos (3 a 1) e surpreendeu ao derrotar a poderosa Rússia por e sets a 0. Mas perdeu seus outros três jogos, para a Coréia (3 a 1), a Itália (3 a 0) e a Iugoslávia (3 a 1). "Apesar de ter se classificado em primeiro do grupo com apenas duas vitórias fez jogos muito equilibrados em todas as partidas, inclusive nas derrotas", opinou o técnico Latari.

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