Sydney - Não são apenas os atletas que estão ansiosos pelo primeiro ouro do Brasil em Sydney. O Vasco e o Banco do Brasil, dois dos patrocinadores que mais investiram em atletas da equipe brasileira que disputa os Jogos Olímpicos, ainda não viram a cor dessa medalha em duas semanas de disputas.
O Vasco, do deputado Eurico Miranda, patrocina 84 dos 205 atletas da delegação brasileira. O dirigente comemora duas pratas (Adriana Behar/Shelda e Zé Marco/Ricardo) e dois bronzes (Adriana/Sandra e Gustavo Borges) até agora, mas contava que pelo menos uma das quatro duplas de vôlei de praia trouxesse o ouro.
Segundo Miranda, o clube investiu R$ 40 milhões na equipe olímpica. Suas maiores esperanças, a partir de agora, ficam por conta dos iatistas Torben Grael e Robert Scheidt e do cavaleiro Rodrigo Pessoa.
O Banco do Brasil acaba de renovar contrato com a Confederação Brasileira de Vôlei até 2004. Além das seleções masculina e feminina de quadra, patrocina as quatro duplas de vôlei de praia que competiram em Sydney. Da lista de patrocinados também constam os tenistas Gustavo Kuerten e Jaime Oncins, integrantes do projeto Tênis Brasil, que inclui apoio à equipe que representa o país na Copa Davis. Guga foi eliminado do torneio de simples da Olimpíada na fase de quartas-de-final, uma rodada antes da disputa por medalhas. A dupla com Oncins caiu logo na estréia.
Apesar dos resultados, o consultor técnico do banco, Renato Luiz Bellineti Naegele, busca dados otimistas para justificar o investimento de R$ 15,5 milhões que a instituição financeira realizou em 2000, e os R$ 20 milhões anuais que promete aplicar no esporte entre 2001 e 2004.
Pelas contas de Naegele, o Banco do Brasil trouxe 34 atletas a Sydney -12 do vôlei masculino, 12 do feminino, oito do vôlei de praia e dois do tênis. Destes, seis atletas já conquistaram medalha (Adriana Samuel, Sandra, Adriana Behar, Shelda, Zé Marco e Ricardo).
"Se os dois vôleis subirem ao pódio, sairemos daqui com 30 medalhas, uma para cada atleta", exagera Naegele.