Como o doping normalmente ocorre nos esportes que distribuem muito dinheiro
aos atletas, o 'Dream Team' americano está sempre na alça de mira durante
uma Olimpíada, principalmente porque não há exames antidoping na NBA, a liga
profissional de basquete mais badalada do planeta. Mas o comportamento dos
jogadores, segundo o médico brasileiro Eduardo de Rose, tem sido exemplar
até agora.
"Desde Barcelona, em 92, realizamos exames freqüentes nos americanos e até
hoje não houve um caso positivo", revelou De Rose, coordenador do controle
antidoping em Sydney, que considera dentro do esperado as 'bombas' que
estouraram na Austrália. "Foram cinco ou seis, bem menos do que em Atlanta,
quando tivemos 12 atletas dopados."
O mais traumático em Sydney, até agora, foi o da ginasta romena Adreea
Raducan, de 16 anos, que teve uma de suas três medalhas (duas de ouro e uma
de prata) cassadas pelo COI. Ela foi flagrada no dia em que competiu na
prova individual.
"Tenho quase certeza de que o médico da delegação (Ioachim Oana) assumiu a
culpa para livrar a barra da menina. Com 20 anos de experiência, ele não
cometeria um erro tão ridículo. Serviu como bode expiatório", afirmou De
Rose. O exame de Raducan acusou fortes doses de remédio para combater uma
gripe.
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