São Paulo - O técnico Lula Pereira e os jogadores da Portuguesa encontraram muita dificuldade para deixar o Canindé, na noite de quarta-feira, depois da derrota para o Guarani por 3 a 2, por causa da violência dos torcedores. Não fosse a intervenção da PM, coisa pior poderia ter acontecido.

Um grupo de torcedores, mais revoltado, tentou de todas as maneiras invadir os vestiários, sendo dispersado à força pelos policiais. Lula Pereira só conseguiu deixar o estádio duas horas após o término do jogo, protegido por um cordão de isolamento feito pelos próprios jogadores.

"Tenho medo de jogar no Canindé", contou um jogador nesta quinta-feira, pedindo para seu nome ficar no anonimato.

O repórter Alexandre de Barros, da rádio Mundial, que fazia transmissão da partida, foi agredido. A torcida pede a saída do técnico Lula Pereira e a contratação do consultor-técnico da seleção, Candinho. Mas este já revelou que não volta ao clube nesta temporada. Uma reunião da diretoria ainda na noite desta quinta-feira define se Lula fica ou deixa o clube.

Em caso de demissão, a Lusa terá de pagar multa de R$ 400 mil ao treinador, fato que deve contribuir para a permanência de Lula no Canindé. O time joga na quarta-feira contra o América-MG. Irênio e Ricardo Lopes vão cumprir suspensão. Mas Lúcio, Élson e Cléber, que fazem tratamento, podem voltar.

Agência Estado