São Paulo – Pela segunda vez consecutiva medalha de bronze com a seleção feminina de vôlei, o técnico Bernardinho chamou para si a responsabilidade da derrota para as cubanas, na semifinal do torneio olímpico.
"Revendo o jogo contra Cuba pude perceber que poderia ter mexido no time. Se houve algum culpado por aquela derrota, fui eu", admitiu.
Logo após aquela partida (3 a 2 para as cubanas), Bernardinho havia dito que a má atuação das jogadoras Walewska e Janina havia sido determinante para a derrota, embora admitisse a superioridade das adversárias.
Bernardinho explicou também como fez para motivar as jogadoras, que neste sábado derrotaram os Estados Unidos e conquistaram o bronze.
"Quando o jogo contra Cuba acabou falei com as meninas que elas tinham dez minutos para chorar. Depois, recomeçamos todo o trabalho. Sexta-feira, durante o treino, todo mundo reclamava que estava sentindo isso, sentindo aquilo... Se tivéssemos vencido, ninguém ia sentir nada. Felizmente todas entenderam que a base do nosso sucesso é o trabalho, a dedicação", avaliou o treinador brasileiro.
A levantadora Fofão recebeu muitos elogios do exigente treinador. "Sem ela, certamente essa medalha ficaria muito mais difícil".
Virna, "Que saiu do papel de coadjuvante para ser uma das protagonistas do time", e a novata Érika também receberam elogios.
"Depois do Mundial de 98, percebi que tinha de realizar uma mudança drástica no time. Algumas jogadoras não tinham mais a humildade de brigar por uma medalha de bronze. Aqui também não foi isso que viemos buscar, mas se era o melhor que podíamos alcançar, tínhamos a obrigação de brigar por ela. Já imaginou se a gente fosse embora de mãos vazias?", questionou.